terça-feira, 29 de novembro de 2011

GRANDE IMPRENSA

Os jornalistas da chamada grande imprensa, ou são muito jovens, e só conhecem o mundo atual, ou são velhos dementes, com a doença do alemão (Alzeihmer).

“O Brasil tem que ser mais agressivo com o mercado americano” – diz a manchete de uma revista de circulação nacional, incluída na grande imprensa.

Tenho ou não razão?

A presidente tem história de agressividade contra os americanos. Basta consultar os jornais da década de sessenta-setenta, para entender o que estou dizendo.

Não há necessidade de pesquisas em bibliotecas brasileiras, ou viagem aos Estados Unidos para conversar com familiares do ex-embaixador americano, que foi sequestrado no Rio de Janeiro.

O Brasil sempre foi agressivo com os Estados Unidos.

Certa ocasião um ex-presidente nosso decretou moratória à nação imperialista. Devo, mas não pago, disse o Brasil aos americanos.

Lembro-me que, no apogeu da guerra contra Cuba, um dos líderes cubanos foi condecorado em Brasília, numa afronta aos Estados Unidos.

No início da Segunda Guerra Mundial, o Brasil ficou contra os Estados Unidos, depois se acertaram.

A nossa história contemporânea está recheada de fatos que demonstram que nunca tivemos medo dos americanos e sempre fomos agressivos com eles.

A mesma revista que nos cobra agressividade de mercado contra os Estados Unidos, diz que o Brasil precisa do “estado de espírito de desenvolvimento criado por JK, e a presidente é a que melhor encarna a figura do criador de Brasília.”

A nossa presidente tem experiência em enfrentar os americanos.

O que ela não deseja é deixar uma herança pior do que aquela que recebeu.

Agressividade tem preço, e até hoje pagamos por esses atos de bravuras juvenis, com o perfume da vaidade e a roupa da ambição.

Os agressivos nos deixaram um imenso cofre cheio de ouro, mas sem as chaves do conhecimento para abri-lo.

E mais: sem educação, saúde, ciência e tecnologia, onde a agressividade está na competição?

Mirian Leitão lançou um livro de 800 páginas, onde ela faz um retrospecto da nossa economia de 1985 até os dias atuais.

A nossa agressividade nos rendeu uma dívida, nesse período, de alguns trilhões de reais.

Não tenho a mínima idéia de como traduzir trilhões de juros e dívidas. Só sei que é muita coisa.

O efeito todos nós sentimos: construímos o crescimento econômico dessa nação, porém, deixamos de lado, o seu desenvolvimento social.

A grande imprensa é estranha, não é?

Gabriel Novis Neves

17-11-2011

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