terça-feira, 15 de novembro de 2011

Fortalecimento

Político e técnico de futebol quando afirmam, após alguns fracassos, que estão fortalecidos, é sinal que serão demitidos.

Já vi técnico de futebol começar um jogo super fortalecido pela diretoria do time, e diante de mais um fracasso ser avisado, pelo roupeiro do clube, que está demitido.

O acerto pode ser feito na tesouraria do time - completa o recado ao fortalecido de horas atrás. O presidente manda-lhe agradecer pela dedicação nesse período de trabalho e deseja-lhe boa sorte – finaliza o roupeiro.

Não há técnico de futebol no mundo que consiga trabalhar com derrotas.

No caso atual da história do Brasil, em que toda semana um ministro é denunciado por corrupção, a história é semelhante. Não há governo no mundo que suporta a corrupção por muito tempo.

Os fatos recentes ocorridos nos países árabes é o melhor exemplo dos ditadores prestigiados e adorados pelo seu povo. Caíram poderosos ladrões, num verdadeiro efeito dominó. Perderam tudo, inclusive as suas vidas, fortalecidas pelos amigos internacionais.

Virou rotina em nosso país o conto do fortalecimento dos ministros atuais. Cinco pediram demissão a pedido, mas a fila está andando.

Em todos os casos o protocolo foi seguido. Os órgãos de inteligência do governo fingem não saber de nada.

A imprensa denuncia o caso escabroso. O ministro procura a presidente para se explicar. E, que dificuldade para sair esse encontro! Finalmente o cara a cara.

A presidente já tomou a decisão de demiti-lo e não há santo que a faça recuar. No final do monólogo, a pergunta mortal da presidente. “O senhor vai resistir ministro? Então toca o barco e prove a sua inocência.”

O ministro se faz de desentendido e diz à imprensa que saiu fortalecido do encontro, e provará a sua inocência.

O ex-jornaleiro do Brizola - o mais recente da série sem fim de ministros que pediram demissão -, em ato de bravura da gente dos pampas, avisou que, para tirá-lo do cargo, só com bala forte.

Essa frase é de uma infelicidade! Meu pai costumava advertir que com fogo não se brinca.

Esqueceu-se o velho dono de banca de jornal, que um dia encantou o doutor Brizola que, de bala a presidente entende mais que ele.

A bala não precisa ser mortal - como diz o ainda ministro forte. Só necessita ser colocada em pontos vitais do corpo humano.

Com um pequeno reforço do assunto ONGs no ministério do Trabalho, ele irá pedir demissão a pedido.

Este tem sido o roteiro histórico desses primeiros meses de uma nação comandada por uma mulher. O mundo ainda não está perdido, como querem os pessimistas.

Há muito ministro e técnico de futebol, ingênuos, que morrem jurando que estão fortalecidos.

Gabriel Novis Neves

09-11-2011

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