quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Sedutor


Acompanho pelos jornais a escolha do novo Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso.
A disputa pelo cargo me parece acirrada.  Os deputados minoritários desejam conquistar o cargo cobiçado.
Sem o Poder Legislativo de cordeirinho, o Executivo não consegue realizar os seus sonhos administrativos.
O desgaste de algumas mensagens do governo fica com os fazedores das leis e especialistas em dar um jeitinho para não cumpri-las.
Em um Estado sem condições para novos endividamentos as consequências para o erário público e a sociedade são desastrosas.
Estamos cansados de observar as alquimias feitas com o tal “excesso de arrecadação” para justificar novos empréstimos, não raro conseguidos em bancos com juros exorbitantes.
Caprichos do executivo têm ônus, e estes ficam camuflados correndo de boca em boca.
Nessa luta atual, o chamado “Grupo dos 11” quer fazer a mesa diretora da Assembleia, direito do “Grupo dos 13” que, inclusive, já tem candidato há muito tempo e matematicamente seria o vencedor.
Como política não é uma ciência exata, tudo pode acontecer.
Os defensores do G11 (Grupo dos 11) agora tem candidato à Presidência. Apesar de ser um deputado de primeiro mandato possui um currículo digno do cargo pleiteado.
Seu perfil foi assim divulgado pela imprensa: “É um empreiteiro de sucesso no mundo das obras públicas. Pragmático e acostumado aos meandros da política é um sedutor homem de negócios. Com esse perfil já teria conquistado o apoio de, pelo menos, dois parlamentares da oposição”.
Interessante as informações do jornal com relação aos predicados do postulante do G11 à Presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
Um bom professor de Direito seria importante para fazer a hermenêutica do texto publicado.
Assim, teríamos condições de avaliar a modernidade das exigências para o exercício do poder em nosso Estado.
Para o leigo mudou, e muito, as imposições exigidas para exercer funções dessa importância, mas, ao ler a notícia, a impressão é que são aquelas as determinações atuais.
Fico pensando se ex-dirigentes da Casa do Povo, como Virgílio Alves Corrêa, Luís Phillipe Pereira Leite, José Fragelli, Rosário Congro, Vicente Bezerra Neto, Castro Pinto e tantos outros de legislaturas passadas, tinham esse perfil.
O tempo passou e os homens mudaram, mas “a ética nada mais é que reverência pela vida”. Albert Schweitzer, prêmio Nobel da Paz.

Gabriel Novis Neves
27-11-2014

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