E
a violência continua desenfreada no mundo, e cada dia com mais impetuosidade.
Dessa
vez, na pequena cidade mexicana de Iguala, quarenta e três jovens, pertencentes
a escolas rurais locais, foram queimados vivos pelo narcotráfico e jogados em
um rio.
Tudo
porque questionaram a conduta política do prefeito da cidade e a de sua mulher.
Diante
de tanta barbárie, pais e mães aflitos clamam por justiça. Os clamores, agora
também de professores, se espalharam pela cidade vizinha de Guerrero, onde
fortes manifestações têm se sucedido no dia a dia.
Tudo
isso tem um pano de fundo histórico.
A
rota do tráfico era do Caribe para os Estados Unidos. A partir de 1998 houve
uma transferência dessa rota para a América Central através do México.
O
presidente eleito, Henrique Penã Neto, recebeu uma herança maldita, uma vez que
as polícias municipais são controladas pelos partidos de centro esquerda,
contrários ao regime atual.
Assim,
como em várias partes do mundo, minorias impõem por meio de truculência suas
práticas sanguinárias.
A
verdade é que muito se fala nos horrores que vêm acontecendo na Síria, no
Afeganistão, no Estado Islâmico, mas esquecemos de que, bem aqui, na fronteira
do México com os Estados Unidos, ocorre uma violenta guerra civil com milhares
de mortos, atualmente nem mais contabilizados pelo governo mexicano.
Tudo
tendo o narcotráfico como sistema organizador.
Incrível
imaginar que tudo acontece sob a chancela de um país democrático com governo
eleito pelo povo através do voto convencional.
Triste
pensar que numa intensidade menor a nossa realidade também é bastante assustadora.
Enquanto
isso, na busca pelos culpados, as crises e guerras se alastram pelo mundo afora
e a indústria armamentista agradece.
Fácil
falar em democracia, difícil é exercê-la.
Gabriel
Novis Neves
18-11-2014
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