No
início do ciclo vital somos crianças. Os felizardos que conseguem cumprir todas
as fases desse ciclo são idosos.
Nesses
dois extremos os seres humanos, por estarem mais vulneráveis, ficam sujeitos às
pressões e incompreensões, tanto por parte da sociedade quanto por sua própria
família.
Nesse
longo caminho biológico as etapas vão se sucedendo – infância, puberdade,
adolescência e maturidade.
Uma
grande parte de pais, mal resolvidos emocionalmente, projetam em seus filhos
todas as suas frustrações, não raro tornando-os lesionados para o resto da
vida.
Vi
aqui em minha cidade várias crianças fantasiadas com uma criatividade
assombrosa comemorando o “Dia das Bruxas”, tradição nitidamente
norte-americana.
Nada
a ver com a nossa cultura, a não ser o ranço colonialista de imitar a “Corte”.
Por
outro lado, elas são condicionadas a transformar todos os seus dias em festas
ou a preenchê-los com atividades desnecessárias para a sua faixa etária,
roubando-lhes assim todo tempo que poderiam dispor para o exercício de suas
fantasias.
Infelizmente,
como tudo na vida, esse período passa rápido.
As
inúmeras mídias contaminam pais e educadores com valores deturpados e, dessa
maneira, mais um sem número de infâncias estará comprometido.
Os
idosos, no outro extremo, já deram à sociedade tudo que ela lhes exigiu. Como
não são mais produtivos, perdem o seu valor como cidadãos, passando a imagem de
pessoas descartáveis.
Num
país essencialmente de jovens, difícil entender que os idosos podem ser
extremamente produtivos, desde que se lhes devolva a sua autoestima.
Sofrem
muitas vezes uma marginalização social e suas atitudes são vistas com reservas.
Países
que não cuidam das suas crianças e de seus idosos, jamais poderão ser
considerados civilizados.
Gabriel
Novis Neves
15-12-2014
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