Paulo
Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, optou pela delação premiada para
diminuir seus anos de cadeia pelos crimes cometidos contra o erário público.
Na
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Congresso Nacional repetiu tudo que
dissera à Polícia Federal do Paraná.
A
mais chocante das suas revelações, já do domínio público, foi a afirmação de
que trinta e cinco políticos estiveram envolvidos no assalto à nossa principal
estatal.
Acrescentou
que as irregularidades cometidas na empresa de petróleo acontecem no Brasil
inteiro onde existam obras do governo - das rodovias às hidrelétricas.
Todo
brasileiro desconfiava da roubalheira, mas o poderoso ex-diretor generalizou o
deslize ético, deixando como suspeitos todos os políticos e empresas desta
nação.
Isso
veio corroborar com a declaração do advogado do doleiro encarregado das
operações financeiras para a quadrilha quando disse que, por menor que seja o
município brasileiro, não se assenta um paralelepípedo sem pagamento de
propina.
Assim
nasce o famoso custo Brasil, que é o encarecimento e a péssima qualidade das
nossas obras.
A
limpeza para salvar o Brasil da corrupção institucionalizada tem que ser ampla
e irrestrita.
A
pergunta que os pagadores de impostos fazem: - haverá vontade política para
colocar os interesses nacionais acima dos pessoais?
O
governo tem a faca e o queijo na mão para executar essa assepsia e promover
mudanças urgentes e necessárias respeitando o estado de direito.
Diz
um provérbio português que “A última gota d’água faz transbordar o copo”. Só um
entendimento entre os três poderes da República e a sociedade civil pode evitar
que o copo transborde.
Ou
tomamos uma decisão drástica e imediata ou teremos de conviver com as
consequências de uma inundação de insatisfações e indignações até que tenhamos
o mesmo destino do Titanic.
Gabriel
Novis Neves
03-12-2014
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