quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

O QATAR E A COPA DO MUNDO


O Qatar é um país árabe, conhecido como um emirado do Oriente Médio. Tem regime absolutista desde meados do século XIX.
Apenas a partir de 1971 deixou de pertencer a um protetorado britânico e tornou-se independente.
O país está envolvido pelo Golfo Pérsico e, ao sul, tem a Arábia Saudita como fronteira.
Graças às suas enormes reservas de petróleo e de gás, sendo essa a terceira maior do mundo, é conhecido como um dos países mais poderosos do planeta.
No momento, a presidente Dilma Rousseff usufruiu há pouco tempo das mordomias oferecidas por esse país.
Foi disponibilizada para ela a suíte presidencial do luxuoso Hotel St. Regis, em frente ao Golfo Pérsico, por modestas diárias de trinta mil reais.
Dessa forma, a nossa mandatária desfrutou de belos momentos na sua estada para a reunião do G20 na Austrália.
A população do Qatar, de aproximadamente um milhão e novecentos mil habitantes, está composta por apenas duzentos e cinquenta mil catarianos, os quais têm como característica principal não pagarem impostos (coisa rara no mundo).
Todo o resto da população é composto por trabalhadores estrangeiros - apenas 13% de outras nações árabes.
Os demais são principalmente oriundos da Índia, do Nepal, das Filipinas e, numa proporção menor, de outros países.
Atualmente, relatórios feitos pela Anistia Internacional, aliás, muito conceituados nos centros de pesquisa, denunciam a presença de trabalho escravo na construção de estádios para a Copa do Mundo de 2022 naquele país.
Segundo o que consta, esses trabalhadores ficam restritos aos locais das construções. Não podem circular pela cidade.
Seus passaportes são retidos pelas   empresas que os contratam impedindo assim qualquer rescisão antes do prazo estabelecido pelos empregadores.
Aliado a esta situação, denúncias de condições precárias de acomodações e alimentação.
Tudo muito triste saber que o país é detentor de um dos maiores índices de desenvolvimento  da humanidade.
A pujança do Qatar no momento, além do petróleo e do gás natural, se traduz por estar reunindo o maior acervo artístico do mundo, incluindo as mais valiosas telas de pintores famosos, principalmente impressionistas.
O poderoso país, sede da Copa do Mundo de 2022, havia sido questionado quanto à viabilidade do evento, o que já foi desmentido pela FIFA.
Com uma temperatura média anual em torno dos 40 graus, discutem-se muito os meses em que será realizada a festa da Copa – junho e julho. Esses meses são os mais quentes naquela região.
As autoridades locais já garantiram que todos os estádios serão totalmente climatizados.
Afinal, para um país tão poderoso, energia não significa problema.
Problema é a ausência de respeito aos direitos humanos em pleno século XXI.

Gabriel Novis Neves
12-12-2014

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