segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

INTOLERÂNCIA RACIAL


Sabemos que o Estado americano do Missouri tem um passado escravocrata e é ainda possuidor de um grande ranço de preconceito racial, ainda que com uma população 70% negra.
Entretanto, os 30% restantes compõem a elite dominante.
Este Estado, tão preconceituoso quanto outros dos EUA – a Georgia, por exemplo - foi palco de uma grande explosão racial que se alastrou por vários outros Estados americanos, chegando, inclusive, à capital Washington.
Na cidade de Ferguson, em agosto próximo passado, um policial branco assassinou a tiros uma pessoa da comunidade negra que se encontrava desarmada e sem reação. Isso suscitou na época uma onda de protestos violentos.
Segundo as leis do Estado, forma-se um júri que, a portas fechadas, decide, segundo as provas, se o réu será ou não levado a um tribunal.
No caso em questão essas pessoas eram compostas por sete brancos e três negros, e o policial foi inocentado sem necessidade de um julgamento.
Foi o estopim para uma grande onda de violência por todo o país, já tão mobilizado pelas divergências políticas entre republicanos e democratas.
Apesar de ser governado por um presidente negro, os Estados Unidos ainda são extremamente racista em muitos Estados.
O que preocupa é que um novo caso de truculência policial, dessa vez contra um menino negro de 12 anos, também morto por não ter mostrado o revolver de brinquedo com o qual se divertia, acabou de acontecer, o que, com certeza, fará recrudescer toda essa violência.
Nada deverá ser feito num país onde a cultura armamentista, incentivada por uma das mais poderosas indústrias do mundo, incentiva sua população ao livre porte  de máquinas mortíferas, ainda que de brincadeira.
Triste pensar que em pleno século XXI, apesar de toda a tecnologia  à nossa disposição, ainda nos mantenhamos tão arraigados  a preconceitos jurássicos que tanto envergonham a humanidade.

Gabriel Novis Neves
06-12-2014

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