quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Obras públicas

Existem vários tipos de obras públicas. Citarei algumas: aquelas que nunca saíram do papel, as que só andam em período eleitoral, as inúteis, as que são manchetes de jornais, e outras, outras e outras. Exemplos não faltam, e sim espaço para descrevê-las em um artigo.

Há trinta anos ouço falar na conclusão da rodovia Cuiabá-Santarém. Até batizada já foi, com o nome de um político famoso - ainda bem. Várias inaugurações já foram feitas, e foi prioridade de todos os governos nesses anos todos. Mas está longe de chegar a ser uma rodovia alemã.

“O trem do Vuolo”, como é conhecido a estrada de ferro que chegaria a Cuiabá - cadê? O tempo do verbo está certo mesmo - chegaria. As últimas informações que tenho é que está empacada, e o seu destino será o galpão de uma grande empresa em Rondonópolis. O que já teve de gente graúda fotografada nesse trem! Não dá para acreditar que, após trinta anos, ele ainda seja sonho, agora com a interrupção em Rondonópolis, um pesadelo.

Depois da gastroenterite da primeira dama do Brasil, responsável pela construção do Aeroporto de Várzea Grande - que inicialmente teria o seu nome - pouca coisa foi feita para a sua ampliação. Agora entrou na cota da Copa do Mundo.

O Hospital Central, ou das Clínicas, de Cuiabá, que atenderia a todo o Estado, está completando vinte e cinco anos de esqueleto. O Hospital da Criança, ou Infantil, há muito foi inaugurado só no discurso.

Não contando as obras para a Copa do Mundo. Estão programadas para os próximos anos a construção da UNEMAT em Cuiabá e Várzea Grande, com a implantação da Escola de Medicina. A UFMT, além da construção de um novo Hospital Universitário na estrada de Santo Antonio, construirá escolas de Medicina em Rondonópolis e Sinop.

A construção de um estacionamento para automóveis está sendo realizada numa pequena rua ao lado do antigo 16º BC. O prazo está vencido e a obra paralisada, causando transtornos para aqueles que se utilizam das suas calçadas destruídas.

Tá ficando chato escrever sobre obras fictícias. Não posso deixar de lembrar aquelas obras de que só tomamos conhecimento da sua existência pelas páginas policiais. A descoberta dessas construções é conquista da Polícia Federal.


Gabriel Novis Neves (7.5+98)

12-12-2010

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