terça-feira, 15 de junho de 2010

CONTRADIÇÕES

Existem pessoas que exercem cargos importantes e conseguem transformá-los em cargos sem a mínima importância. Outras transformam cargos sem grande importância em prioritários.

Como exemplo recente, sem medo de errar, eu lembro o Ministério do Meio Ambiente, o mais importante do Brasil, mas sempre ocupado por políticos profissionais. Era um Ministério ocupado por representantes do loteamento do poder, e o grande responsável pela implicância dos países do primeiro mundo conosco. Bastou a Marina Silva assumir o ministério, para transformá-lo no mais importante do Brasil, e respeitado pelo mundo civilizado do planeta, onde é reconhecida e admirada como o próprio meio ambiente. Deixou o cargo por pressões políticas. Estava defendendo a natureza, mas prejudicando poderosos empresários do agronegócio. Os resultados dessa política todos conhecem. São divulgados diariamente pela mídia nacional e internacional, em capítulos de uma novela sem fim.

No Dia Internacional do Meio Ambiente a programação do noticiário televisivo é interrompida, e aparece a imagem de uma senhora totalmente desconhecida para a maioria absoluta do povo brasileiro. Pensei logo em pane na minha televisão. Só fiquei sabendo que era substituta da Marina pela legenda colocada abaixo da sua imagem, pela leitura da mensagem oficial sobre a data, e os nossos compromissos. Claro que ninguém acreditou no que ouviu da funcionária do poder! O Ministério sem a Marina ficou quase invisível, só é encontrado com lupa e com os escândalos.

Pobre Brasil que não sabe reconhecer os seus próprios filhos! Onde falar que estudo é considerado coisa de imbecil, e não utilizar a Lei do Gerson é característica de atrasado. De gente que ainda não percebeu que o mundo agora é dos espertos. Todos querem tirar proveito de tudo, é a lei criada pela civilização moderna, contaminando todos os grupos sociais.

Como reclamam que só apresento propositalmente problema e não solução, eu farei uma concessão neste caso. A única solução possível para esse quadro será uma bárbara revolução – pela educação. Não vejo outra saída. Com a palavra o revolucionário, que é o eleitor. Se as coisas continuarem como estão, os únicos culpados seremos nós que, consciente ou inconscientemente erramos o tiro, digo o voto. Basta de contradições.

Gabriel Novis Neves
06/06/2010

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