terça-feira, 1 de setembro de 2015

Só pra contrariar


O Congresso Nacional está votando as mensagens presidenciais ao som do pagode popular “Só pra contrariar”...
Basta vir do executivo, que a bancada do “Só pra contrariar” está votando, muitas vezes, contra os próprios interesses nacionais.
Até então, tínhamos um Congresso do sim, aquele que aprovava tudo que chegava do Planalto, até a pedalada na “Lei da Responsabilidade Fiscal”, há anos aprovada na mesma Casa de Leis com fins moralizadores.
Era o tempo do “Paz e Amor”.
Em tempos duros de crise econômica, onde o próprio Ministro da Fazenda afirmou aos congressistas que o dinheiro acabou, o “Só pra contrariar”, e o Executivo que deveria nos representar, votou o inacreditável aumento de quase 80% para os servidores do Poder Judiciário.
E como ficam os funcionários dos outros Poderes cujo aumento foi inferior à inflação?
As consequências dessa dicotomia são as greves que estouram todos os dias, além dos estragos em setores mais importantes como educação e saúde.
A Presidente vetou o aumento do Judiciário por falta absoluta de recursos e também por tentar manter o mínimo de isonomia entre os funcionários dos três poderes.
O veto presidencial voltou ao Congresso e não me surpreenderei se for derrubado.
A arrogância, a estupidez e a vaidade dos nossos políticos estão levando o país da oitava economia do mundo ao caos.
Não aprendemos a fazer oposição, pois nossos partidos, sem ideologia, não nos representam.
Temos um bando de oportunistas decidindo os maiores e mais graves problemas nacionais de acordo com os seus interesses pessoais, “Só pra contrariar” o seu adversário.
Enquanto não houver um desarmamento de espíritos para uma quase impossível união nacional, só nos resta assistir o filme de terror na escuridão de dias piores.

Gabriel Novis Neves
23-08-2015

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