terça-feira, 22 de setembro de 2015

VIRAR O JOGO


De há muito não temos o que comentar sobre os acontecimentos locais.
São sempre os mesmos - greve dos médicos, escolas com qualidade de ensino não compatível com a nossa tradição, transporte coletivo a nos infernizar a vida, Estado de calor desértico, onde continuamos com o título de campeões de queimadas de parte da nossa floresta ameaçando, inclusive, o nosso Aeroporto de Várzea Grande, o Internacional.
Muitas obras não concluídas espalhadas pelas cidades, especialmente na capital. As que ficaram prontas estão precisando de reparos urgentes.
Reuniões daqui, comissões pra cá, lançamento de projetos de obras, constatação de outras paralisadas por falta de recursos, protocolos de intenções para políticas de desenvolvimento da região.
A violência continua desenfreada no Estado e, pisotear sobre esse assunto, é o mesmo que não ter notícias, pois, diariamente a mídia tupiniquim cobra providências sem resultados.
Como aquele ditado que diz, “quem não te conhece que te compre”, os grandes veículos de comunicação nacional, dia sim e outro também, têm nos premiado com esses assuntos que, para nós, parecem não mais incomodar.
Nosso Estado, principalmente sua capital, nunca foi tão divulgado como nesses últimos meses.
São denúncias contundentes feitas de longe, mas, os moradores da terrinha já metabolizaram a conviver com elas, e não chegam nem mais a se incomodar.
Habitantes de fora do Estado indagam sempre sobre o que aconteceu por aqui, motivo de tanta divulgação negativa.
Não sei explicar tamanha apatia diante de um assunto tão sério que é a imagem do local em que vivemos.
Talvez a forte crise financeira que nos atinge tenha induzido ao bloqueio a nossa rebeldia. Assim como, inflação, desemprego e projetos delirantes ao nosso desenvolvimento, como o transoceânico.
Os jovens, criados sem esperança, não estão nem aí para o que acontece em nosso Estado.
Os velhos acham que o seu prazo de validade para a luta está vencido.
O resultado é a humilhação diária que sofremos dos meios de comunicação nacional.
Como virar este jogo?

Gabriel Novis Neves
21-09-2015

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