sábado, 19 de setembro de 2015

Até os cinquenta


Tudo de criativo que fazemos acontece até aos cinquenta anos, salvo as honrosas exceções para confirmar a regra.
Se passearmos um pouco pela história universal, com facilidade vamos constatar essa verdade.
Aqui na terrinha, apesar dos “coronéis”, os exemplos pululam desde o nosso descobrimento.
Leio em uma revista de circulação nacional que, aos quarenta e um anos de idade, o então Ministro da Fazenda Mário Henrique Simonsen, aconselhava, por escrito, o Presidente da República a dizer “não” a um Estado gastador e a um Presidente que apostava no investimento estatal – exatamente como Joaquim Levy em 2015.
Dizia Simonsen: “É a firme aplicação da terapêutica monetária e fiscal e uma paciência algo estoica, à espera dos resultados que, pela teoria e pela experiência, necessariamente virão”.
Trinta e cinco anos são passados e o Brasil não mudou.
Continuamos enfrentando os mesmos problemas, só que agravados com a crise política-financeira e a corrupção metastática.
O texto do Simonsen, guardadas as devidas diferenças do momento histórico, soa como uma advertência a Levy e a Dilma.
É ingrato lutar contra o tempo e a história. Poucos têm a grandeza de entender que os tempos são outros e o seu momento já passou, não esquecendo nunca os ensinamentos da história.
Steve Jobs, o gênio do século XX, dizia: “Felizes aqueles que sentem que o momento não é mais seu e tem de ceder o lugar aos mais jovens”. 
Encerrar com dignidade esse ciclo histórico de doze anos de governo está causando em muitos políticos enormes transtornos psicológicos, conturbando mais a vida desta nação envolvida em sua maior crise política, ética e financeira.
Os atores atuais têm de compreender que devem dar lugar aos jovens e aceitarem o julgamento da história.

Gabriel Novis Neves
04-09-2915

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