Tudo
de criativo que fazemos acontece até aos cinquenta anos, salvo as honrosas
exceções para confirmar a regra.
Se
passearmos um pouco pela história universal, com facilidade vamos constatar
essa verdade.
Aqui
na terrinha, apesar dos “coronéis”, os exemplos pululam desde o nosso
descobrimento.
Leio
em uma revista de circulação nacional que, aos quarenta e um anos de idade, o
então Ministro da Fazenda Mário Henrique Simonsen, aconselhava, por escrito, o
Presidente da República a dizer “não” a um Estado gastador e a um Presidente
que apostava no investimento estatal – exatamente como Joaquim Levy em 2015.
Dizia
Simonsen: “É a firme aplicação da terapêutica monetária e fiscal e uma
paciência algo estoica, à espera dos resultados que, pela teoria e pela
experiência, necessariamente virão”.
Trinta
e cinco anos são passados e o Brasil não mudou.
Continuamos
enfrentando os mesmos problemas, só que agravados com a crise
política-financeira e a corrupção metastática.
O
texto do Simonsen, guardadas as devidas diferenças do momento histórico, soa
como uma advertência a Levy e a Dilma.
É
ingrato lutar contra o tempo e a história. Poucos têm a grandeza de entender
que os tempos são outros e o seu momento já passou, não esquecendo nunca os
ensinamentos da história.
Steve
Jobs, o gênio do século XX, dizia: “Felizes aqueles que sentem que o momento
não é mais seu e tem de ceder o lugar aos mais jovens”.
Encerrar
com dignidade esse ciclo histórico de doze anos de governo está causando em
muitos políticos enormes transtornos psicológicos, conturbando mais a vida
desta nação envolvida em sua maior crise política, ética e financeira.
Os
atores atuais têm de compreender que devem dar lugar aos jovens e aceitarem o
julgamento da história.
Gabriel
Novis Neves
04-09-2915
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