terça-feira, 29 de setembro de 2015

Efeitos do calor


Quando estamos em casa, com um inverno de quarenta graus, somos obrigados a nos recolher em quartos refrigerados e umidificados.
Após o jantar, os solitários não têm alternativa – vão para a cama assistir televisão. Logo aparece o sono e a vontade de dormir.
Estou em uma fase em que procuro não contrariar mais as minhas vontades. 
Com o “inverno” prolongado, comecei a dormir bem antes das nove da noite, e a minha necessidade de sono é de seis horas.
Aprendi a administrar o tempo da madrugada inspirado em experiências de contemporâneos que passaram pela mesma situação.
Brigar com o corpo que rejeita a cama? Jamais!
Então levanto, tomo um guaranazinho ralado, como uma laranja lima, retorno ao leito e durmo mais um pouquinho.
Por volta das quatro e trinta da madrugada não é mais possível permanecer deitado. Vou à rotina das tarefas.
Antes, um copo de água e uma bananinha.
Ligo o computador para a leitura dos jornais nacionais pela Internet. É o melhor despertador para um novo dia de calor.
A lua ainda não se escondeu, e ele já se faz presente.
Após meia hora de leitura dinâmica pelos principais jornais, vem a tristeza de constatar que vivemos em um país muito desigual e sem líderes!
Ninguém mais se entende na área econômica, e as medidas adotadas para enfrentar a crise que criaram são simples placebos para um paciente terminal.
Aqui no nosso Estado a turma do asfalto continua em conflito com o pessoal da poeira.
Greves, violência, desemprego e, o pior, a falta de esperança por dias melhores que nos atormenta.
Vamos torcer para que este ano termine rapidinho e surja algo de novo no próximo que, com certeza, será calorento.
Não custa escrever uma carta ao “bom velhinho” implorando por um alento para todos nós, inclusive, regulando a temperatura solar.

Gabriel Novis Neves
04-09-2015

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