Após
bem cumprir o seu ciclo vital na Terra, viajou para outros planos o poeta
cuiabano Manoel de Barros.
Sua
obra foi destaque na grande mídia durante dias, e o momento é para refletirmos
sobre o nosso papel aqui no planeta.
No
mundo capitalista e consumista, onde o importante é o ter, e não o ser, os
versos do poeta pantaneiro nos despertam para o valor das “insignificâncias” do
mundo e das nossas.
Demonstrou
na literatura como é vital valorizar as “insignificâncias” que temos e não
percebemos - principalmente as belezas e riquezas naturais.
As
pedras do riacho, as borboletas, os insetos, o silêncio, o meio-ambiente, a
vida animal.
Fez
opção pela vida no campo, embora fosse possuidor de formação universitária no
Rio de Janeiro, onde cursou a Faculdade de Direito e morou por alguns anos.
Também
conhecia o mundo, tendo feito várias viagens internacionais, como para a cidade
de Nova York nos Estados Unidos da América do Norte.
Decidiu
aos treze anos o que gostaria de ser quando crescesse. E escreveu em carta ao
seu pai: - um fazedor de frases.
Nascia
nesse momento o poeta das “coisas insignificantes” que encantou o mundo com a
sua simplicidade.
A
tecnologia não o escravizou, escrevia os seus versos a lápis com borracha ao
lado em pequenos cadernos escolares.
Brincava
dizendo que sua inspiração vinha da ponta do lápis. Disciplinado, sempre
acreditou no esforço para agrupar palavras que terminavam em versos.
Talvez
tenha sido o último poeta que “só usou a palavra para compor seus silêncios”.
Suas
lições são legados de um sábio que, sabendo da sua importância, nunca abandonou
a “vadiagem inspiradora do seu pantanal”.
Gabriel
Novis Neves
18-11-2014
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