Aprendemos
em psicologia que temos amarras emocionais que nos causam sofrimentos e que
essas são muito difíceis de serem desfeitas, mas não impossível.
Elas
estão guardadas dentro de nós. No entendimento de Eduardo Galeano, “em silêncio
parecido com estupidez”.
Voltaire
diz que é difícil libertar os tolos das amarras que eles veneram.
Não
creio que conscientemente alguém deseje ficar submisso a certos
condicionamentos arcaicos que a sociedade nos obriga a absorver. Somos tão
limitados em nossos quereres!
O
caminho para quem tem noção dessa patologia é procurar apoio de psiquiatras,
analistas, psicólogos.
Amigos
e religiões apenas corroboram essas amarras. Eles não têm o poder de nos ajudar
a anular os efeitos nocivos daqueles condicionamentos.
Essas
forças poderosas e resistentes estão soldadas nos pilares da nossa formação
cultural e educacional.
Rompê-las
é como implodir um edifício de muitos andares em região nobre de uma cidade.
Viver
com elas é insuportável! As amarras emocionais só poderão ser desfeitas através
da nossa participação ativa.
O
primeiro passo, com certeza, é perceber e reconhecer a origem do nosso
desequilíbrio interior. A seguir, a aceitação da descoberta, fato determinante
para que possamos iniciar a transformação daqueles sentimentos que estão
desalinhados.
Mergulhar
dentro de nós sem condescendência, mas, ao mesmo tempo, sem pressa, para que a
nossa metamorfose seja progressiva, sem traumas.
“Se
a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses, não haverá
borboletas”, palavras do saudoso Rubem Alves.
É
essencial para o nosso bem-estar definitivo reformular certas crenças, desatar
as amarras que represam as nossas energias emocionais que, depois de liberadas,
devem ser transformadas.
Enfim,
devemos nos amar de verdade.
Sem
o restabelecimento deste sentimento só nos resta a escuridão do sofrimento e da
incompreensão.
Gabriel
Novis Neves
18-11-2014
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