Há pouco tempo escrevi que por enquanto, a questão da divisão do Estado, cairia no esquecimento. A Copa do Mundo alugaria até 2014, todos os pensamentos separatistas.
Que barrigada a minha, para usar um jargão jornalístico.
Não é que já começaram a plantar notícias, avisando que o assunto divisão do Estado, não está morto?
Até o final deste mandato, o pessoal do norte do Estado que tem o poder, jurará de mãos juntas que se um dia foi favorável, hoje é contra, pois ninguém é bobo de dividir o poder estando com ele.
O modelo divisão 2011, é diferente daquele liderado pelo ex-presidente da Assembléia Legislativa há alguns anos.
Agora o Estado que perdeu o sul, com a criação do Estado de Mato Grosso do Sul e Rondônia no noroeste, perderia território para abrigar o Estado de Mato Grosso do Norte e o Estado do Araguaia.
Todo o esforço do governo está sendo feito, no sentido de dotar essa região de serviços básicos de infra-estrutura, como novas rodovias, recuperações das antigas e principalmente ferrovias ( não a do Vuolo), mas as que escoarão as riquezas da região. A saída será por Goiás e Tocantins, antes de atingir a ferrovia Norte-Sul que termina no porto de Itaqui no Maranhão.
A ferrovia do Vuolo terminará em Rondonópolis no pátio de uma grande empresa exportadora de grãos, e o seu destino será o porto de Santos.
Onde passa um trilho de trem, surge um novo Estado. Os trilhos aqui foram cuidadosamente planejados para serem limites dos dois novos Estados, levando os nossos produtos para o porto que o Sarney fez no Maranhão.
O Nortão como é conhecido a região dos grandes desmatamentos, serrarias, queimadas, pastos e agricultura, alega que não aguenta trabalhar para sustentar o pessoal da capital.
O Araguaia, ou Vale dos Esquecidos, diz que tem todas as condições de se desenvolver como Estado, respirando pelo porto do Maranhão.
E o nosso Mato Grosso, mãe de toda essa civilização? Depois de fatiado, ficaremos com uma gente boa, e um casal de elefantes.
Gabriel Novis Neves
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