domingo, 27 de outubro de 2024

PENDURANDO AS CHUTEIRAS


Seria bom se todos nós pudéssemos saber da ‘hora da despedida profissional’.


Muitos avançam o sinal e se dão mal.


Sempre prestei atenção aos sinais da despedida para fechar o meu consultório.


Em casa realizo trabalhos necessários à manutenção do meu cérebro para ele estar sempre em atividade.


Sem compromissos com terceiros e horários.


O primeiro aviso da hora da minha despedida foi com a ‘perda dos joelhos’.


Todas às vezes que me levantava da cadeira da mesa do consultório para exames na sala contígua, sentia dores no joelho e dificuldade para caminhar.


Senti que era chegada à ‘hora da despedida’, e encerrei as minhas atividades profissionais há quase dez anos.


Por isso o governo instituiu a aposentadoria compulsória aos seus funcionários e servidores.


Para os atletas a hora de parar é bem curta, e não adianta forçar a barra com péssimos resultados.


Paul McCartney, um dos maiores músicos do mundo, aos 82 anos está na ‘hora da despedida’, e triste é que não percebeu.


No primeiro dia do seu show em São Paulo no estádio do Palmeiras, não conseguiu vender todos os ingressos, e desafinou pelo menos cinco vezes.


Se estivesse participando do ‘programa de calouros’ do Ary Barroso, seria ‘gongado’.


Está na hora do sobrevivente da ‘banda mais bem-sucedida da música pop’, parar de cantar.


Os ‘Beatles de Liverpool’ de 1960 ganharam fama e dinheiro com o seu rock desafiador de costumes.


‘Desafinado’ em música, só o sucesso do cantor brasileiro João Gilberto.


Paul McCartney não tem o direito de desafinar.


Assisti no cassino de ‘Punta del Este’, no Uruguai, há dez anos um show do Paul McCartney, fantástico!


São momentos que nunca mais esquecerei.


O mesmo não posso dizer da sua apresentação em São Paulo.


Está passando da ‘hora da despedida’ e curtir seus filhos de três casamentos.


Gabriel Novis Neves

16-10-2024




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