Manuseando meu celular constatei o número de amigos que deixaram de interagir comigo.
Não publicando mais as minhas crônicas eles perderam o vínculo que nos prendia todos os dias para um momento de lazer.
Sinto um vazio estranho com a ausência desse bate-papo diário.
As crônicas publicadas produziam respostas, perguntas, indagações, às vezes aplausos que inflavam o meu ego.
Eram tantas que não tinha tempo de respondê-las, apelando muitas vezes por emojis.
Não gosto de me sentir abandonado mesmo na telinha do meu celular.
Tentei preencher o vazio das crônicas com flores e músicas, mas não foi o suficiente para prosseguir com a interação diária.
O jeito será abreviar as minhas férias e voltar a publicar meus simples textos sobre o cotidiano.
Não sei escrever sobre assuntos difíceis, como a diferença psicológica entre a mulher e o homem, ficando percorrendo as beiradas do nosso cotidiano.
Ainda mais que decidi escrever muito raramente sobre política e futebol, que oferece material abundante sobre polícia e seleção brasileira.
Hoje à tarde, a seleção brasileira de futebol fará uma partida amistosa contra a seleção inglesa, em Londres.
Daria assunto para escrever várias crônicas, assim como as prisões dos ex-craques da seleção.
Na política então nem se fala sobre a eterna discussão entre a ‘direita’ e ‘esquerda’. Não se esquecendo da corrupção desenfreada em todos os níveis de poder.
Ser da ideologia da ‘esquerda’ significa, aqui, ser ‘progressista’, e da ‘direita’, atrasado.
Dá muitas linhas à discussão entre essas duas vertentes do pensamento político.
Os principais jornalistas estão lotados no departamento político: são os formadores de opinião pública.
Vez ou outra aparece um escritor, como Genolino Amado, para nos enfeitiçar com as suas crônicas.
Diante os fatos narrados vou encurtar as minhas férias.
Gabriel Novis Neves
23-03-2024
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