segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O pum que virou traque

Todas as providências foram tomadas pelo governo do estado para mais um recorde. Já temos o título de maior produtor de soja do mundo, do maior rebanho bovino do Brasil, do maior casamento comunitário do Brasil e só faltava o título de estado realizador do maior concurso público do mundo. O mais humilde dos habitantes desta terra sabe que propaganda, às vezes, não funciona na prática.

A cena do teatro estava montada. A insensibilidade, inabilidade e incompetência dos produtores de recordes, ficaram evidentes. Dias antes do concurso o governo deveria anulá-lo, por sentir que as coisas não aconteciam como planejavam. Este concurso seria, politicamente, o filme do Bruno Barreto para a próxima campanha eleitoral. Possibilidade de dar certo era zero à esquerda, mas a vaidade prevaleceu.

Imaginem o Fantástico anunciando mais esta conquista para Mato Grosso. Quebraram a cara. O concurso foi anulado e o despreparo deste pessoal, além da falta de respeito humano, ficou claro. Cenas jamais vistas em concursos públicos são exibidas em sites. O tiro saiu pela culatra. Os candidatos ao maior concurso público do mundo foram maltratados, houve quebra do sigilo das provas, desorganização e muita humilhação para aqueles que apostaram o seu futuro acreditando na seriedade do governo.

E agora, o que fazer com a frustração de quase trezentas mil pessoas? É o recorde em números de candidatos nesta situação. A oposição vai deitar e rolar em cima deste fato. Foi a maior prova de desprezo pelo cidadão num reinado terminando, com os seus filhos sem esperanças.

Não há justificativa para este crime. O governo é réu e precisa de humildade para reconhecer urgentemente que errou mais uma vez.

Não me venha com esta história de terceirizar o erro!

O pum que o governo preparou, virou traque.

Gabriel Novis Neves
22-11-2009

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