domingo, 29 de novembro de 2009

FELICIDADE

Sempre me interessei por este assunto e é a ferramenta principal que utilizo no pré-natal das minhas clientes. Há trinta anos, após vinte pesquisando o perfil das minhas gestantes, com a orientação de artistas plásticos, escultores, pintores e fotógrafos, montei o único consultório de terapia visual de Cuiabá.

A gestante acha que neste período de reprodução, fica feia. Tem receio de perder o interesse sexual do companheiro; apresenta dúvidas com relação ao tipo de parto; preocupações com a saúde do neném; insegurança se encontrará o seu médico quando em trabalho de parto, e finalmente, “medo” dos honorários do seu obstetra. Trabalho contra estes valores adquiridos no meio em que vivem as nossas futuras mamães, e procuro reverte-los, pois, com certeza, isto ajudará o futuro do seu neném.

Após o nascimento, sempre repito aos pais, que o único objetivo do recém-nascido saudável é reencontrar a felicidade perdida com a sua saída do útero. O útero materno é o céu que perdemos com o nosso nascimento. ”Jogados” ao mundo, imediatamente procuramos encontrar a felicidade. Desde que nascemos corremos atrás dela, mas a felicidade está sempre correndo atrás de nós.

”A felicidade é como a pluma que o vento vai levando pelo ar. Voa tão leve, mas tem a vida breve”- Vinícius de Moraes.

Mas afinal o que é a felicidade? Sempre tive dúvidas se sou ou não feliz. Lendo uma revista de circulação nacional fiz espontaneamente o teste da “Felicidade Interna Bruta”. O resultado para mim foi surpreendente! Eu não sou feliz, e sim, muito feliz - na contagem dos pontos do teste da revista.

Só me falta agora acreditar no teste e escrever o que é ser muito feliz.

Gabriel Novis Neves
28/11/2009


* Publicado simultaneamente no http://www.gnn-cultura.blogspot.com/

2 comentários:

  1. Que lindo texto!
    Eu também me faço a mesma pergunta muitas vezes ( o que é a felicidade?)
    A única certeza que tenho no momento é que algumas pessoas querem ser felizes, buscam a felicidade e não se envergonham dela, por isso parecem quase sempre felizes, mesmo que tenho muitos motivos para não sê-lo. Outras, ao contrário, parecem ser infelizes mesmo que, aparentemente, tenham mais motivos concretos para estar no time dos felizes.
    Não é uma questão de fé em Deus, de opção de vida. Eu diria que a felicidade é um dom e as pessoas que têm esse dom, costumam ser muito generosas, amadas e amáveis.

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  2. Na empolgação do texto, acabei escrevendo uma concordância errada (será que foi um ato falho?) Na sexta linha, onde está escrito "mesmo que tenho" ... eu quis dizer "mesmo que tenham".

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