segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Soluções para a crise


Em momentos de crise financeira crescem as mais diversas alternativas no sentido de fazer dinheiro.
Já não são poucas as pessoas que, apesar de suas habilidades técnicas reconhecidas por diplomas, perdem os seus empregos em grandes firmas e passam a ter no mercado informal uma nova perspectiva de ganhos.
As mulheres, sempre mais despojadas, apelam para os seus dons de cozinha, de costura, de cuidado com crianças e até de acompanhantes.
O importante é que surja uma nova renda que permita a manutenção do padrão de vida anterior a todo esse descalabro em que foi afundado o nosso país em função de políticas equivocadas.
Nas ruas são colocados slogans do tipo - “não vamos pagar o pato” - referente à possível volta da CPMF. 
Essas atitudes são incentivadas por aqueles poucos que têm tempo e fôlego para sobreviver às crises desse porte - os altos comerciantes e industriais.
Entretanto, esses poucos mais abastados não representam os outros duzentos milhões de assalariados e desvalidos que buscam a qualquer custo o pão de cada dia para sua família e filhos.
Numa dessas tardes me deparei com um antigo colega de trabalho feliz da vida, pois tinha comprado um táxi e colocado na praça.
Disse-me ele que estava ganhando mais do que quando atendia seus trinta pacientes por dia, oriundos de um plano de saúde em vias de falência.
Estava alegre e, principalmente, “desencanado”, segundo suas próprias palavras.
É isso aí! Se a crise apertar muito vou voltar às minhas origens e reabrir o Bar do Bugre.
Voltar ao meu sonho de menino de ser um excelente garçom, quando ouvia e me divertia com tantas histórias diferentes, que nem sequer me tocavam como tão verdadeiras!
O contato diário com um grande número de pessoas de diferentes tipos, com certeza, minimizaria essa sensação de caos coletivo em que todos nós nos encontramos.
Rir é sempre o melhor remédio!

Gabriel Novis Neves
02-11-2015

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