terça-feira, 3 de novembro de 2015

PLACAR DE FUTEBOL


O julgamento das contas da Presidente da República pelo Tribunal de Contas da União (TCU) teve como resultado um placar pior que o do jogo do Brasil contra a Alemanha na última Copa do Mundo - 8X0. 
Todos os ministros votaram com o relator, poupando o Presidente da Corte de se abster e evitar os 9X0.
Aliás, nesse mesmo dia, mais duas derrotas sofreu o Palácio do Planalto - uma do Supremo Tribunal Federal (STF), que indeferiu o pedido da Presidente da República de trocar o relator da matéria em julgamento já na prorrogação, e outra, ao não conseguir número de deputados federais em plenário para manter os vetos do executivo com relação ao aumento do judiciário e benefícios aos aposentados, o tal fator previdenciário.
Parece que na prática não deu certo a terceirização do governo para o PMDB, nem a reforma ministerial do toma lá dá cá.
O tiro saiu pela culatra, aumentando o número de descontentes na base de sustentação do governo. 
Atravessamos crises políticas de grande intensidade, cujos reflexos são sentidos no nosso dia a dia.
Serviços essenciais, como saúde, quase totalmente sucateados, greves pipocando em todos os setores das nossas atividades, desemprego e alta do custo de vida com a volta da inflação. Violência em níveis de países em guerra e nossa credibilidade bastante chamuscada pelos desmandos administrativos – essas, a tônica do momento.
A Procuradoria Geral da República (PGR) e a Polícia Federal trabalham vinte e quatro horas por dia, deixando o juiz Sérgio Moro e sua equipe em regime permanente de plantão.
Se o tumor da corrupção está em Curitiba, suas metástases tomaram conta de todo o território nacional.
Faltam cadeias para abrigar tantas autoridades, tornando-se prioridade a construção de novos Centros de Ressocialização.
Existe uma guerra entre o pessoal das comunidades e periferias - esperançosas com os parcos benefícios adquiridos - com a turma do asfalto - insatisfeita com a paralisia financeira que assola o país. 
Em discurso recente, o ex-presidente da República justifica as pedaladas fiscais pré-eleitorais como benéficas à manutenção dos benefícios sociais do governo. Como se os meios justificassem os fins em qualquer tipo de circunstância.
Motivo: a ausência de políticas públicas favorecendo os menos privilegiados. Foram vinte e seis milhões em pedaladas fiscais, apenas em 2014.
Não podemos suportar um governo que não respeita as leis do país, jogando-o na desgovernança.
Quando isso acontece em futebol, muda-se o técnico, e, na política, o que se faz?
Essa é a indagação indignada do povo brasileiro!

Gabriel Novis Neves
16-10-2015

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