segunda-feira, 23 de novembro de 2015

CONSELHO DE ÉTICA


Como toda instituição que preza a defesa dos bons costumes, a Câmara dos Deputados possui o seu Conselho de Ética.
Seus integrantes, em número de vinte e um, são indicados pelos respectivos partidos ou blocos parlamentares após minuciosa e criteriosa seleção, considerando os seus passados republicanos.
Acontece que sete desses representantes do povo respondem a algum tipo de processo no Supremo Tribunal Federal (STF).
Três deles já são considerados réus na corte máxima, ou seja, tiveram denúncias contra si acatadas e transformadas em ação penal no Supremo Tribunal Federal.
É o que revelam dados do levantamento veiculado no site do jornal o Estado de São Paulo.
Como esse colegiado tem um terço de seus ocupantes sendo investigados, poderá apreciar o pedido de abertura de processo por quebra de decoro parlamentar  contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha?
Este mentiu nessa mesma Comissão quando, de livre e espontânea vontade, ali compareceu, para declarar que nunca possuiu contas na Suíça ou qualquer outro país. 
Passados meses, a Procuradoria Geral da República (PGR) está com amplo material que comprova que o deputado pelo Rio de Janeiro é detentor de várias contas em seu nome e em nome de sua família naquela nação.
Os deputados da Comissão de Ética que irão julgá-lo, acusados de crimes pelo STF, negam haver cometido qualquer deslize ético.
Apenas dez dos vinte e um deputados estão salvos de qualquer investigação no STF, informa o Estado de São Paulo.
A pergunta que fica: esse grupo de parlamentares tem condições morais e éticas para julgar alguém?

Gabriel Novis Neves
02-11-2015

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