sábado, 12 de dezembro de 2009

DIVERGÊNCIA

Acabo de ler dois artigos sobre um mesmo assunto escrito por Secretários de Fazenda.

Um, extremamente técnico, ético, esclarecedor, com a responsabilidade de quem é professor de economia da UFMT há mais de vinte e cinco anos, com mestrado em economia pela UnB. Por longos anos foi responsável pelas finanças do Estado, e atualmente responde pelas finanças da Prefeitura de Cuiabá. É um expert em finanças públicas. Fiquei convencido de que a tese apresentada por ele engloba, não só Cuiabá e o Brasil, mas o mundo todo. A solução básica para a dificuldade só poderá ser resolvida através do Congresso Nacional com mudanças, tanto nas políticas públicas como nos perfis dos seus executores.

O outro artigo é de um ex-bancário. Encara o importante problema de uma maneira carnavalesca. Na comissão de frente do desfile, agressões das mais primárias possíveis. É difícil crer nos termos utilizados como argumentos: “inocência”, “barriga de aluguel”, “favorecimento de paulista” - tudo isso da responsabilidade da Prefeitura de Cuiabá. Na ala dos compositores são apresentados os culpados, na visão do autor da matéria. São eles: o Governador da Mooca, o Prefeito de Dracena, o Presidente goiano da Federação das Indústrias de Mato-Grosso, e nas sublinhas, até São Benedito entrou nessa.

A gente humilde da minha cidade, a quem lhe foi negada oportunidades, na sua maioria, é devota de São Benedito. O enredo, segundo o secretário, é baseado no linguajar não técnico, para que esse pessoal possa entender.

O locutor da multidão presente ao comício no Dia do Trabalhador em São Paulo, não aceita críticas. Considera-se o enviado de Deus para resolver os problemas do mundo, e vai muito bem nesta função - pois até já descobriu os culpados! Agora é tentar destruí-los para permanecer no cargo, ou ser promovido por um dos homens mais poderosos do mundo.

Escolinha ruim essa nossa! Além de nos ensinar tanta coisa inútil, ainda nos ensina a não aceitar críticas.

Fico com a opinião qualificada do acadêmico. A exigência é da minha consciência.

Gabriel Novis Neves
08 de Dezembro de 2009
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