O domingo é um dia diferenciado da semana e bem distinto dos demais.
Foi feito para o descanso, mas, na prática, acabamos envolvidos com a labuta da casa.
As crianças ficam por nossa conta — e como dão trabalho os pequeninos!
O dia começa com o clarear, mas caminha em passos preguiçosos.
Fazemos uma porção de coisas, e, quando chega o almoço ele vem sempre acompanhado de barulho.
Depois tiramos uma soneca e acordamos tão cansados que nos assustamos — bem antes do futebol — com a sensação de que a segunda-feira já começou.
Volto ao computador e escrevo enquanto aguardo o início da partida.
Gosto de manter um estoque de crônicas para alguma emergência — comum na minha idade.
O domingo segue preguiçoso. Termino de escrever e o jogo ainda não começou.
Parece que o domingo não quer acabar.
No escritório, o único som é o do aparelho de refrigeração e o das teclas do computador.
Daqui há pouco, assistirei ao jogo do meu time.
Durante a partida fico nervoso. E o tempo não anda, principalmente se o meu time estiver ganhando.
Em caso de derrota, ele voa...
O jogo terminou — e o domingo, ainda não.
Aproveito para assistir a outra partida, empurrando o domingo para mais perto do seu fim.
As crianças tomaram banho e agora esperam o lanche que anuncia o encerramento do dia.
Amanhã será segunda com aulas pela manhã.
Finalmente escureceu — sinal de que o domingo terminou.
Vou me aprontar para o lanche e dormir cedo.
O domingo preguiçoso chegou ao seu fim. Agora espero a semana passar para enfrentar o próximo domingo.
Com a idade os dias vão ganhando um novo ritmo.
As crianças, porém, continuam a amar o domingo.
Vivem dias inteiros a espera dele. E sempre perguntam: por que o domingo passa tão depressa?
Gabriel Novis Neves
27-07-2025
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