quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

UMA MANHÃ PERDIDA


Para quem se entrega à escrita diária, é comum ocorrer o que se deu hoje comigo: tive uma manhã ‘perdida’.


Sempre que me proponho um tema para a crônica que vou escrever, consulto o ‘pesquisar no blog’.


Objetivo é invalidar o texto, caso haja algum semelhante ao que já publiquei. Sei, contudo, que é raro haver duas crônicas com conteúdo idêntico.


Há tempos, compartilhei um texto intitulado ‘ata, fruta-do-conde ou pinha’. Dele, nem me lembrava mais.


Pela manhã, pus-me a escrever ‘a ata’, uma vez que o blog não me havia acusado duplicidade desse tema.


O roteiro caminha em torno da fruta deliciosa, embora eu ressalve que os conceitos que exponho são diferentes.


Optei pela mais antiga, porém as mensagens se revelam muito próximas. Afinal, a base de tudo é a experiência acumulada.


‘Perdi’ — reconhecendo que o termo não é apropriado — a manhã. Mas me aflorou o tema de nova crônica.


Toda atenção do mundo e uma boa memória, isso se faz indispensável para o exercício do trabalho de escrever.


Além do cuidado com a parte gramatical, o tema eleito deve ter início, meio e fim, a que se soma um número certo de linhas e caracteres.


No início, sentia dificuldades para me adequar às normas dos jornais. Não raras vezes, a editoria deles pedia que diminuísse o número de seus caracteres.


Já no meu blog, o excelente editor — responsável por igual pelas artes — não cuida de impor restrições.


Como me incluo em meio aos autodidatas, meus textos, no mais das vezes, beiram 2.000 caracteres, de raro excedendo aos 2.500.


Tenho buscado não cansar o leitor, privilegiando-o com textos curtos. E pensar que, nos anos cinquenta, artigos longos ao extremo eram a tônica dos jornais!


Hoje, quase não temos nem jornais impressos!


Por obra de Deus, conservo uma saúde mental excelente, cultivada a ‘amizade com o meu cérebro’. É bem nele que tudo acontece. 


As pessoas atribuem a tal fato o mérito de uma boa genética. 


Seja como seja, aqui vai nova versão da crônica ‘ata, fruta-do-conde ou pinha’. Que seja tão deliciosa como a fruta!


Gabriel Novis Neves

2-3-2024






Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.