sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

EDUCAÇÃO DE BISNETOS


Sou um observador, tão só à distância, da educação dos meus bisnetos.


Lembro-me bem de como fui educado por meus pais.


Mais próximo, tenho clara a educação que ministrei aos meus filhos e netos.


Acredito que essas duas gerações foram educadas a contento, nada comparável à que se deu aos bisnetos.


O tempo da presença dos pais com os filhos, nos dias de hoje, é bem superior ao de épocas passadas.


Tenho comigo que criança sente muito a ausência dos avós em sua educação. Ah, isso não faltou a meus netos e bisnetos, distribuída uma dose generosa de carinho!


Quão gostoso uma criança ter a casa da vó e do vô para se esconder, brincar com os primos, local onde ela possa passear nas férias.


Imagine a possibilidade de participar dos almoços em família na casa do biso!


Não existe coisa mais gostosa no mundo do que as duas Marias de mãos dadas com o biso! É como deixam a mesa do almoço, no afã de conduzir-me à sesta.


Que delícia ver a alegria delas ao chegarem, algo esbaforidas, em casa. Dum nada se lançam aos meus braços no escritório!


O cuidado que elas têm comigo, para que nada de mal me aconteça, é visível.


Toda essa chuva de afeto a mim distribuída é duplicada pela lembrança da bisa. Sim, esta se faz presente em todos os recantos da casa.


Em maio chega a esperada Maria Valentina. Ela será educada nesse ‘bolinho’ de quatro bisnetos em Cuiabá.


A educação caseira — isto o que penso — é ainda o melhor modelo educacional de que dispomos.


À escola cabe o papel de fornecer instrução a todos que lá chegam, abrindo-lhes o ensejo de, pouco e pouco, se familiarizar com uma futura profissão.


O caráter, a ética e a moral são moldados em casa pelos pais. Existe a exceção, só para confirmar a regra.


Muito se discute a educação em lugares errados — como nas universidades —, que é o ponto-final do processo de instrução.


O primeiro e mais relevante passo sempre foi ‘educar’, para só depois ‘instruir’ uma criança.


A educação é um bem imaterial que tem que ser aprimorado desde os primórdios de nossa vida extrauterina.


Na vida do casal, as crianças têm que ser prioritárias. Se é verdade que ambicionamos arquitetar um amanhã pleno de ricas perspectivas!


Gabriel Novis Neves

15-2-2024




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