sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

"SE ELA DANÇA, EU DANÇO" (Composição: MC Leozinho)


Escrevi um texto intitulado ‘liberdade extremada’: são novos costumes baseados em fatos reais. Depois de pronto, eu o li e reli por diversas vezes.


Assaltou-me uma dúvida no tocante à conveniência ou não de publicá-lo. 


Como esse costume, além de recente, é até recorrente, decidi compartilhar.


Interessante como as pessoas se interessam por saber absurdamente dos hábitos dos outros, ainda que os mais íntimos.


Tenho certeza de que meus leitores irão se divertir com a curiosidade de alguns.


Vou-me arriscar a contar um fato que aconteceu comigo há bem pouco. 


Não vai longe o dia em que passei a partilhar uma música à noite. Atribuo a ela o nome que julgo ser o mais condizente.


Postei ‘Café da Manhã’, de Roberto e Erasmo Carlos, cantada por Erasmo e Nara Leão. Como envio a quem me é próximo, ousei dar-lhe este título: ‘Música de Motel’.


À época em que estourou a indústria dos motéis, essa música era tocada, no mais das vezes, pela dupla.


A dupla — isso é chover no molhado — era famosa, com notoriedade à farta.


Destampou a curiosidade de uma universitária, já no gozo da aposentadoria. Ao ouvir ‘café da manhã’ como música de ‘motel’, quis saber se fazia tempo que eu não o frequentava. 


Esse texto e canção — bom é esclarecer —, eu não enviei a uma pessoa em particular. Remeti a meus três grupos de amigos, sem distinção.


Vem-me aquilo de sempre: quem pergunta, acaba por correr o risco de receber o troco da resposta. E essas perguntas, algo indiscretas, não costumam acabar bem.


Acovardado, refletindo bem, entendi que o melhor a fazer seria não alongar a conversa. 


A vida moderna encerra certas situações das quais é difícil desfazer a teia em que nos enleamos.


Enviar uma crônica, uma flor ou uma música para, pelo menos, quinhentas pessoas pode nos tecer embaraço.


Hoje à noite, tenciono enviar uma ‘música para dançar’. Será, de novo, encaminhada ao mesmo grupão.


Quero só ver como é que eu vou me sair dessa ‘confra’. Se essa turma toda inventar de me convidar a uma dança, não sei como reagirei? Haja fôlego!


Eis o que me ficou disso tudo: a vida segue ministrando suas aulas. Só não aprende aquele que tapa os ouvidos a ela. 


Gabriel Novis Neves

11-2-2024









Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.