sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Realidade


Foi inaugurado um verdadeiro FLA x FLU das manifestações de rua.
De um lado, a imensa maioria da população brasileira que cobra uma posição do governo contra as crises política, financeira e ética que nos devora.
Do outro lado, os de sempre, manipulados com dinheiro do BNDES, Petrobras e Itaipu, gritando que está tudo bem e que a falta de emprego, o nulo crescimento econômico e todas as malversações do dinheiro público são manifestações na tentativa de um golpe da direita reacionária.
Evitam a palavra corrupção e desvios de recursos dos nossos impostos para políticos, partidos políticos, agentes públicos e empresários.
Para explicar de maneira simples essa situação de gente na rua, Luís Fernando Veríssimo resumiu o quadro atual da seguinte forma: “os líderes das manifestações contra o governo sabem o que não querem - a Dilma, o Lula e o PT no poder, mas ainda não pensaram no que querem”.
Os 7% que apreciam aqueles que estão no poder têm garantido os seus empregos, salários, comida, festa, e não querem perdê-los.
Difícil é a situação do trabalhador brasileiro que paga exorbitantes impostos e não recebe os benefícios devidos, que são desviados dos cofres públicos em bilhões de reais para fins não republicanos.
No momento em que cresce assustadoramente a população carcerária, vítima de políticas públicas não implantadas e por desvios de recursos, novos atores estão sendo encaminhados, principalmente do Paraná, para nossos precários presídios, agravando ainda mais a vida dos que vivem sem brilhante “currículo” às margens das leis.
Deixando as pacíficas passeatas sempre alegres e divertidas com seus potentes carros de som e cobertura total pela televisão paga, parece que o caminho é o encaminhamento dos indiciados, agora condenados, para trás das grades.
É uma gente de PIB alto que começa a frequentar “novos” ambientes, em que privilégios são logo criados - celas individuais ou semicoletivas, bem diferente daquelas de presos comuns, em que não há espaços nem para respirar, quanto mais para fazer tricô ou ler um bom livro com sossego.
Enfim, esse é o quadro atual do nosso país esfacelado por uma classe política que não mais nos representa!

Gabriel Novis Neves
06-09-2015

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