sexta-feira, 9 de outubro de 2015

PROFISSIONAIS


Ultimamente os responsáveis pelo ensino superior no Brasil têm alertado as autoridades federais para o excesso de cursos universitários existentes, especialmente os de Direito e Medicina.
Só aqui em Mato Grosso possuímos, por enquanto, seis escolas de medicina, sendo três federais (Cuiabá, Sinop e Rondonópolis), uma estadual (Cáceres) e duas privadas (Cuiabá e Várzea Grande).
Dessas, apenas as de Cuiabá estão respeitando algumas normas do Ministério da Educação (MEC).
Em termos mundiais somos o segundo país em número de escolas médicas.
Possuímos o dobro de escolas médicas dos Estados Unidos da América do Norte (USA) e da China, só perdendo para a Índia, que possui mais de um bilhão e trezentos milhões de habitantes.
Na verdade, não temos falta de médicos em nosso país, apenas uma má distribuição desses profissionais pelo território nacional.
Mesmo em condições adversas produzimos excelentes médicos, inclusive aqui em Cuiabá.
Em outras áreas sim, existe excesso de profissionais em nossa pátria.
Isto ficou bem evidente durante essas crises política, financeira e ética, desaguando na operação Lava Jato, que está demonstrando, com provas consistentes, o quanto se roubou nesta nação.
Um grande número de analistas políticos preenche as programações dos meios de comunicação vinte e quatro horas por dia.
Interessante que a maioria desses “especialistas” é porta-vozes do “quanto pior, melhor”.
E o que nos informam é a repetição da repetição em clima de catástrofe.
Esquecem os ilustres comentaristas econômicos e políticos que o mundo é dominado pelo capitalismo, e o dinheiro tem de mudar de região para seus proprietários usufruírem maiores lucros e voltar tudo como antes.
Crise imobiliária nos Estados Unidos, crise na Europa, crise na China e, roubo à parte, crise no Brasil. São movimentos cíclicos que existem como característica do capitalismo.
Os “palpiteiros” do nosso futuro econômico funcionam como meteorologistas do século passado, errando muito em suas previsões.
O momento também ajuda, pois, em um país onde reina a hipocrisia, tudo é possível, especialmente com o desleixo na criação de cursos superiores e inflação de escolas de medicina, em que dobramos o seu número em apenas doze anos.

Gabriel Novis Neves
06-09-2015

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