segunda-feira, 19 de outubro de 2015

AMOR AOS PORCOS


Através de uma entrevista com pessoas que criam porcos como animais de estimação, cresceu a minha simpatia por esses bichinhos muito estigmatizados pela sociedade. 
Por exalarem um cheiro forte através de glândulas que possuem em seu corpo, têm a sua imagem ligada à sujeira, embora, ao contrário, sejam extremamente limpos.
Alimentam-se basicamente de verduras, legumes e grãos.
Quando em bando, são chamados de vara. Evoluíram dos javalis, domesticados há milhares de anos pelo homem.
Atualmente o porco é muito usado como companhia por alguns seres humanos mais carentes.
Sua cabeça de forma triangular e seu focinho cartilaginoso, com seus quarenta e quatro dentes, confere-lhe um ar gracioso que encanta crianças e adultos.
Tem um período de gestação de cento e doze dias, findos os quais pode parir de seis a doze leitões ou bácoros, e a grande maioria é destinada ao abate, sendo sua carne muito apreciada nos quatro cantos do mundo.
Livres na natureza os porcos conseguem viver de quinze a vinte anos.
Aprendi, por exemplo, que em contato constante com o ser humano, tornam-se extremamente dóceis e carinhosos, num nível bastante parecido ao dos cães.
Sua pele reage como a nossa aos raios UV e, após exposição solar prolongada, podem sofrer queimaduras extensas. Com uma visão deficitária, vale-se do olfato apurado, razão pela qual se afeiçoam rapidamente aos seus cuidadores.
Interessante imaginar que até nas preferências por companhias animais o homem tem mudado tanto, e tão rapidamente.
Impossível pensar numa entrevista como essa há cinquenta anos!
Carinho e amor não chegam com bússola e podem se direcionar a qualquer ser vivo, seja ele da espécie que for.
Afinal, somos todos feitos da mesma matéria.
Realmente, o porquinho “Joãozinho” mostrado na entrevista, além de muito bem tratado, era elegantemente carinhoso com o seu cuidador, mostrando também uma timidez encantadora com os circunstantes.
Nós sim, cruéis predadores, ainda temos muito que aprender com os nossos irmãos do universo.

Gabriel Novis Neves
21-09-2015

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