domingo, 14 de julho de 2024

MEMÓRIAS


Domingo é o dia ideal que encontrei para relembrar alguns fatos.


Tudo aconteceu há dezoito anos, quando fiquei no ‘ninho vazio’.


Filhos casados, ‘cada qual na sua casa, longe da casa onde se casa’.


A dona da casa partiu para morar no plano espiritual.


Procurava ler de tudo que caísse em minhas mãos, até que um dia experimentei aproveitar o tempo disponível para escrever.


Assunto sobre o cotidiano, de um menino nascido em uma cidadezinha do interior, era que não faltava.


Bastava lembrar e colocar no papel.


E assim fiquei ‘viciado’ em escrever, fazendo parte do meu dia.


A casinha da rua de Baixo onde nasci e morei até os dez anos de idade.


Meus vizinhos eram comerciantes libaneses e o fotógrafo armênio Lázaro Papazian, o Cháu.


Armazém do Tingo, Farmácia Campos, Córrego e Morro da Prainha com a ‘casinha da luz’.


Antônio Peteté, Grupo Escolar, Praça Ipiranga, professora Oló.


Bar do Chico Jorge, Bar do Bugre, Bar Pinheiro, a Petisqueira.


Praça Alencastro, Praça da República.


Missa aos domingos na Catedral, Dom Aquino Correa.


Rua do Meio e de Cima, Bar Sargentini, Café Suave.


Meu mundo até os dez anos de idade eram esses lugares citados, já descritos em crônicas anteriores.


Aos onze anos de idade minha família mudou para a rua do Campo.


Fiquei até aos dezoitos anos incompletos, quando me mudei para o Rio de Janeiro para cursar Medicina.


Dessa época lembro-me de Estevão e Rubens de Mendonça.


O Clube Feminino, a Academia de Letras e Instituto Histórico.


A Casa da Bembem, Isac Póvoas, Leônidas Mendes, Largo da Mandioca, Silva Freire, Marechal Rondon na cadeira de balanço da calçada da casa de Álvaro Duarte Monteiro.


Índio Idulipê, Igreja Adventista, Dutra Fumo Bom, Residência dos Governadores.


Brincadeiras das crianças: futebol, esconde-esconde, jogos de botão em casa, jogos de bolita pelas calçadas de terra, amarelinha, rifas na porta das casas, soltar papagaio fabricado em casa.


Domingo também é dia de recordações que não voltam mais.


Escrever faz bem a nossa saúde física e mental.


Gabriel Novis Neves

09-06-2024
















































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