terça-feira, 31 de março de 2015

Nossa Ararath


A partir do desencadeamento da Operação Ararath em nosso estado, às seis horas de uma manhã normal, houve uma correria de solidariedade a certos envolvidos na denúncia - até de altas autoridades.
A intenção de ajuda mútua nunca existiu, e sim, o de se comprometer o mínimo possível caso haja futuras investigações, invalidando o nobre sentimento demonstrado.
A história é do conhecimento de todos. Prisões em massa, sendo a mais espetacular a do governador da época.
Todos foram conduzidos à sede da Polícia Federal e liberados após prestarem depoimentos para instauração do processo competente.
Houve concessão de delação premiada, e alguns entraram com esse pedido. De um deles sei que foi totalmente atendido, e o acusado excluído do processo. Outros esperam uma condenação mais amena.
O que intriga a opinião pública é que um dos acusados, considerado como “principal articulador do suposto esquema de crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro pela Operação Ararath, insiste em solicitar uma séria investigação no famoso pagamento de precatórios  de quarenta e sete promotores e procuradores, em documentos integrados a 5ª fase da Operação Ararath”.
Até agora não sabemos se essa acusação foi considerada pela justiça federal.
Mas, ficou registrado. Afinal, trata-se de uma denúncia gravíssima contra um dos poderes mais respeitados do Estado feita por um ex-secretário de Fazenda, Casa Civil e nosso representante nos negócios do Estado em Brasília.
Como a justiça é lenta, vamos acompanhar ansiosos o desenrolar dos fatos e a sua conclusão.
O que não podemos é assistirmos pela imprensa, extraprocesso, bravatas das partes.
Mato Grosso entrou definitivamente no grupo dos Estados mais corruptos desta nação. Infelizmente todos têm conhecimento deste fato.
Somos primorosos nos desleixos com o patrimônio público, estando presentes em todos os grandes escândalos nacionais, como o “Mensalão” e o “Lava-Jato”.
Por aqui a corrupção é endêmica, reconhecida pelo próprio governo das mudanças.
Torçamos para que tudo não termine em uma enorme “pizza cuiabana” nas asas da impunidade.

Gabriel Novis Neves
07-03-2015

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