sexta-feira, 13 de março de 2015

Bambu


As notícias atuais são tão violentas e virulentas que para metabolizá-las temos de ser tal qual o bambu, que se curva, mas resiste.
Na Ásia, jatos supermordernos desaparecem em pleno voo com centenas de passageiros a bordo.
O Fanatismo religioso continua produzindo vítimas na terra, no mar e no ar.
Até em cidades pequenas como a minha, a criminalidade assemelha-se a das grandes metrópoles, onde o crime organizado domina.
Os delitos cometidos trazem a marca da crueldade patológica.
Observamos uma atuação capenga dos direitos humanos, pois se manifestam com rigor somente quando a causa produz dividendos políticos. É a luta de classes!
Em um país onde o cume do poder está corroído pelos escândalos e pela promiscuidade entre interesses públicos e privados que sangram o Tesouro Nacional, não encontramos exemplos a seguir. 
É mentira daqui, mentira dali, adubando o campo para o cultivo da hipocrisia.
 “Sempre foi assim!”, bradam os conservadores. “Essa situação não pode continuar!”, imploram os utópicos ou, pejorativamente, os chamados de inocentes.
Vivemos uma grande farsa, beirando a anarquia.
Precisamos criar uma sociedade feita aos moldes de um bambu, que poderá até se curvar pela prepotência dos poderosos de ocasião, porém, não cederá nunca aos seus caprichos.
Verdadeiras violências éticas, morais, visuais, auditivas transformaram o nosso dia a dia. Diante desta nova realidade temos de agir como um bambu – envergar, mas não quebrar.
“Hoje a escolha não é mais entre violência e não violência. É entre a não violência e a não existência”. Martin Luther King.

Gabriel Novis Neves
01-03-2015

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