segunda-feira, 9 de março de 2015

PAROU


Após mais de um ano, “descobriram oficialmente” que o governo da “Copa das Copas” não pagava as medições das obras aprovadas por quem de direito às empresas vencedoras de licitações por serviços executados ao maior evento esportivo do planeta Terra.
Isso aconteceu em todo o Brasil dos inesquecíveis 7x1 e, em nosso Estado, atingiu a conclusão de obras prioritárias como o VLT (Veículos Leves sobre Trilhos), a ampliação e modernização do Aeroporto Internacional de Várzea-Grande, os Centros de Treinamentos da UFMT e do Pari, o saneamento e urbanização do córrego 8 de Abril e até a Arena Pantanal, até hoje não concluída e com futuro de elefante branco.
Todas essas construções foram paralisadas por falta de pagamento do contratante.
Não houve um responsável por esse disparate administrativo. Foram vários os atores desse verdadeiro carnaval de desperdício de dinheiro público.
Alguns envolvidos nesse festival de má gestão se fazem de mortos, protegidos em provisórias imunidades parlamentares.
A bateria de desacertos ficou centrada apenas no governador sem mandato, o que é uma injustiça.
O atual ocupante do Palácio Paiaguás em entrevista a jornalistas, em matéria publicada no Jornal A Gazeta de 16/02/2015, indagou:
“Vocês conhecem alguma obra no Brasil em que não tenha sido desviado um real? O VLT é uma obra de R$1.4 bilhão, vocês acham que nenhum real foi desviado”? “Eu, se fosse Procurador da República, estaria investigando isso, como governador não tenho o dever constitucional de mostrar o batom na cueca”.
“Se tiver um jabuti no pau, ou é enchente ou é mão de gente”, concluiu.
O nosso correto governador fez uma grave denúncia à nação e aos órgãos públicos responsáveis pelo emprego republicano dos nossos impostos.
Como poucos ele conhece a situação das obras paralisadas e das concluídas em nossa cidade, e sabe muito bem como fazer para cumprir a Constituição Brasileira.
Punir os responsáveis e explicar aos mato-grossenses o que aconteceu desde a escolha de Cuiabá como subsede da Copa até a calamitosa situação atual é o que esperamos do nosso maior mandatário.
Ele possui ferramentas tecnológicas adequadas.  Vontade política ficou demonstrada na entrevista para as providências constitucionais.
Agora, é esperar que os remédios surtam os efeitos desejáveis, pois o diagnóstico já foi feito.


Gabriel Novis Neves

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