Acordo
e vejo a modernidade da minha Cuiabá. Como o meu relógio biológico não foi
alterado pelo horário de verão, espontaneamente, antes das cinco da manhã,
estou tomando o meu santo remédio – o guaranazinho.
Saio
à janela e reparo que os edifícios próximos ao meu estão, em boa parte,
iluminados.
Começo
a me preparar para o dia novo e, uma hora depois, com a cidade ainda banhada
pela lua, os apartamentos, até então com salas e quartos iluminados, estão às escuras.
É
a modernidade!
A
meninada da balada chega em casa, geralmente, após às seis horas da manhã.
Seus
zelosos pais deixam salas e quartos iluminados, na esperança de um retorno mais
cedo.
A
praga do politicamente correto os impede de determinar o horário da chegada dos
filhos adolescentes, temerosos de serem chamados de conservadores e velhos
gagás, propiciando assim as mais variadas mudanças comportamentais.
A
verdade é que com essa juventude “intoxicada digital”, crescem as nossas
preocupações com o futuro desta nação.
O
problema não está restrito a um país, continente, sistema político, raça ou
religião.
É
um fenômeno social empurrado por interesses comerciais de quem governa o mundo:
o senhor capital!
As
consequências são as misérias sociais que diariamente nos assustam pelas
notícias da mídia.
Essa
é a modernidade materialista que escolhemos como modelo ideal para viver?
Quantas
mudanças de valores vieram no pacote da tal modernidade?
Surgiram
os adolescentes idosos.
Um
amigo observou que nós, os idosos, empregamos sempre um jargão para lamentar o
mundo atual com a repetida e já cansativa frase: Que país deixaremos aos nossos
filhos e netos?
Uma
inversão da frase seria pertinente:
Que
tipo de gente estamos educando para o futuro deste país?
Esta,
com certeza, não é a modernidade dos nossos sonhos.
Gabriel Novis Neves
24-11-2013
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