segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

O CHATO

Ser chato é uma forma de ser de algumas pessoas, que são muitas.
São encontradas nos lugares os mais curiosos e privados possíveis. De um sanitário coletivo, ao velório de uma pessoa desconhecida do chato. Sua função é bisbilhotar e sair por aí aumentando o que viu, ou imaginou ter visto.
É uma pessoa sem empatia, que gostaríamos sempre de evitá-la ou ignorá-la. Tarefa Impossível!
Existem muitos tipos de chato. Mas todos possuem uma característica em comum – a chatice.
Não me dou bem com pessoas de mau humor. Aquelas que estão sempre emburradas e cujas reações são imprevisíveis, porém chatas.
Qualquer encontro casual com essas pessoas é transformado em fator de aborrecimentos.
Outro tipo desagradável é aquele que necessita falar mal do outro, ou conversar sobre assuntos que não me despertam o menor interesse.
E aquele que insiste em querer saber detalhes da nossa vida íntima? Com certeza para sair por aí fofocando.
São eméritos julgadores da conduta alheia e estão sempre com a razão.
O chato mentiroso, falso e arrogante merece perdão, pois não sabe o que faz.
Têm aqueles que conhecem com detalhes o seu cronograma diário de trabalho e hábitos pessoais.
Parece até proposital, mas este tipo de chato adora interromper nossa refeição, ou a indispensável sesta, para tentar resolver pequenas situações pessoais que vêm se arrastando por meses, e cujo tratamento poderia ser feito em local e horário mais adequado.
Esse não tem noção do tempo, e nos surpreende, geralmente, pelo telefone.
Mesmo sendo informado daquilo que fazemos quando procurado, diz que é apenas um minutinho, que beira ao infinito.
Sofisticado, utiliza o celular apenas para chatear a vida dos outros. Desligam o seu aparelho para não serem incomodados.
Enfim, o chato é uma praga que prolifera em qualquer ambiente, e não tem cura.
Nasce, vive e morre chato.
Proteja-me dos chatos, Senhor!

Gabriel Novis Neves
23-11-2013

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