sábado, 24 de agosto de 2024

METAS


Confesso que em toda a minha vida nunca trabalhei para cumprir metas.


Procuro executar bem a tarefa do dia, e os resultados sempre foram excelentes.


Estudava para ‘aproveitar bem as aulas’, e não para ser o ‘primeiro aluno da turma’.


Ficava entre os melhores.


Nos cargos públicos e privados que ocupei, meu esforço era o de ‘me esforçar ao máximo’ para não ‘prejudicar a coletividade’.


E assim foi até a minha aposentadoria aos oitenta anos, quando senti a necessidade de contar a minha história de vida.


Não tracei metas a serem alcançadas, e escrevo todos os dias.


Fui avisado pelo editor do blog do bar do bugre, meu amigo Dr. João Nunes da Cunha Neto, que chegamos ao marco de 3.500 crônicas escritas por mim, revisadas por Christina Meirelles e editadas, ilustradas e publicadas por ele.


Não escrevi visando a alcançar metas, mas agora pretendo chegar às 5.000!


Colegas, amigos e leitores procuraram o ‘motivo da minha descoberta tardia pela literatura’.


Alguns definiram como a opção que descobri no outono da minha vida para ‘envelhecer com dignidade’.


Outros, uma maneira de ‘matar o tempo’.


Muitos afirmam que os velhos não necessitam de profundos conhecimentos da língua portuguesa para ‘contar histórias’.


Já expliquei em crônicas anteriores, que iniciei a escrever para preencher a lacuna do ‘ninho vazio’.


Viúvo, com três filhos casados e morando ‘longe da casa onde se casa’, tinha tempo suficiente para fazer nada.


Minhas caminhadas pelas madrugadas, quando meus joelhos permitiam, foram fontes inesgotáveis de inspiração.


Cheguei a me assustar com a minha produtividade, embora hoje escreva mais que no início.


Fui colaborador dos principais jornais da cidade com uma crônica inédita todas as semanas, revistas, sites e TV.


Eleito por unanimidade para a Academia Brasileira de Médicos Escritores (ABRAMES) com sede no Rio de Janeiro.


Sou o único médico cuiabano e mato-grossense da ABRAMES.


Sem metas a cumprir, acho que fui longe demais nessa minha ‘atividade literária’.


Com as crônicas publicadas, poderia imprimir ‘35 livros de 100 crônicas’!


Pensando em metas, ‘gostaria de escrever a crônica 5.000’!


Gabriel Novis Neves

25-08-2024




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