quinta-feira, 3 de novembro de 2022

MINHA QUERIDA CUIABÁ


Como gosto da cidadezinha onde nasci!


De uma gente desconfiada, alegre, culta e inteligente!


Está de ressaca depois de um sábado de decisão da Libertadores e domingo de eleições para à Presidência do Brasil.


Os resultados foram semelhantes, e o Flamengo e o PT venceram com placares mínimos, mas o importante é que venceram.


O Flamengo aumentou o número de taças internacionais, nacionais e regionais, ganhas nos últimos quatro anos.


O PT é recordista de ganhar pelo voto, à Presidência da República, e domingo foi pela quinta vez nestes últimos vinte anos.


Hoje o sol ainda não saiu e de vez em quando uma leve garoa que faz muito bem as plantas do meu jardim.


A trepadeira de flores amarelas está “encorpando” e com duas flores, para a minha alegria e da sua cuidadora.


Fez frio no “Dia de Finados” e o serviço de Meteorologia recomenda que tiremos os casacos de frio dos armários.


Cuiabá de estação única, de calor com temperaturas elevadas, terá frio no último mês da primavera.


Essa mudança climática nesse feriadão que tomará conta da primeira semana do mês de novembro, impedirá o cuiabano dos bairros mais afastados da capital, fazer aquilo que mais gosta.


Por causa de ventos inoportunos e baixa temperatura, ficarão impedidos de se reunirem debaixo dos arvoredos ou nas portas das suas casas, para assar uma carne e tomar “uma bem geladinha” que cada um traz dentro de caixas de isopor e só se recolherem à noite.


Geralmente seus participantes são obesos, hipertensos, diabéticos e muitas vezes estão acompanhados das suas mulheres.


Como a gente da periferia sabe aproveitar a juventude!


Fazem de tudo antes de entrarem na idade da dor - dói aqui, dói alí e dói acolá.


Temos muito que aprender com os mais humildes, que não moram nos bairros que moramos feitos de espigões de concreto com apartamentos.


Seus moradores se encontram nas reuniões do condomínio.


Sinto falta desse aconchego e não conheço todos os moradores do meu edifício e, pela idade, não frequento nem mais as poucas reuniões do condomínio.


Sou uma das vítimas do progresso da nossa capital e o casarão da Barão de Melgaço, lugar que eu cresci e moravam os meus pais foi transformado em estacionamento de veículos.


Não existem mais casas em Cuiabá, nos impossibilitando de mantermos muitas das nossas tradições, só possíveis com a presença das casas.


Gabriel Novis Neves

02-11-2022




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