sexta-feira, 8 de maio de 2015

Nada bom


Os constantes atritos verbais entre a Presidente Dilma e o seu competente Ministro da Fazenda não fazem bem para a saúde financeira do país - envolvido em uma das suas maiores crises moral e econômica.
Autoritária e desinformada, a presidente abusou de errar no seu primeiro mandato, levando-nos à beira do abismo.
Como consequência, teve de pressionar o Congresso Nacional para tornar sem efeito a moralizadora Lei da Responsabilidade Fiscal, única maneira de fechar as contas do ano findo e não se tornar “ficha suja” e perder o mandato.
Quem está pagando por esses erros imperdoáveis é, mais uma vez, o pobre pagador de impostos.
A inflação disparou, a economia estagnou e o número de oferta de empregos encolheu com as fábricas dispensando em massa seus operários.
A continuar levando pitos, e obrigado a desmentir ou explicar os seus dolorosos ajustes na nossa economia, o técnico Ministro da Fazenda logo pedirá as contas. Por sorte, a impressão é de que ele está gostando do cargo.
O partido da presidente não possui quadros disponíveis capazes de desatar o nó da incompetência e prepotência dado na nossa economia.
Foi-se o tempo em que marketing administrava esta nação.
O povo resolveu ir às ruas cobrar medidas urgentes e objetivas para terminar com este imbróglio em curto prazo.
Novas manifestações populares estão marcadas, e com agenda bem definida.
Diz um velho ditado popular nas sociedades livres que cada povo tem o governo que merece.
Pois bem, parece que, finalmente, o povo está despertando para o exercício da sua cidadania.  Temos de começar a agir como cidadãos democráticos que somos. Temos de deixar de ser passivos e nos tornar agentes ativos e fiscalizadores do governo.
Temos de adquirir a consciência de que o fracasso ou o sucesso dos governantes é de nossa responsabilidade.
Um dos princípios básicos da democracia nos diz que “as autoridades públicas – eleitas ou não eleitas - — têm a obrigação de explicar as suas decisões e ações aos cidadãos. A responsabilidade do governo é alcançada através do uso de uma variedade de mecanismos — políticos, legais e administrativos — com o objetivo de impedir a corrupção e de assegurar que as autoridades públicas continuem responsáveis e acessíveis às pessoas a quem servem. Na ausência desses mecanismos, a corrupção pode florescer”.
O governo perdeu maioria de fato na Câmara dos Deputados e conta com a má vontade do Presidente do Senado, que se sente injustiçado pelo Planalto.
O governo tem de entender que os cidadãos estão agora atentos às suas ações e que a corrupção tem de ser abolida definitivamente em um governo que se diz republicano.
O que o povo deseja é o fim da impunidade e um governo gerido com competência e transparência.
Do contrário, a vaca vai pro brejo, e pode até começar a tossir...

Gabriel Novis Neves
01-05-2015

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