quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

REVISITANDO CUIABÁ


Aceitei o convite do meu filho para um passeio pela cidade, tão diferente daquela da minha infância e juventude!

 

Durante horas pela manhã, para escapar do nosso calor intenso, percorremos de carro ruas, avenidas, viadutos e dezenas de bairros novos.

 

Passamos pelas pontes sobre o rio Cuiabá, que ligam ao município de Várzea Grande, o segundo mais populoso do Estado.

 

Juntas, as cidades da Grande Cuiabá somam mais de um milhão de habitantes.

 

Bem diferente da pequena cidade de 30 mil habitantes onde nasci em 1935.

 

Visitamos suas praças centenárias e pontos turísticos, como o centro geodésico da América do Sul.

 

Notamos o rico rosário de igrejas católicas apostólicas romanas, que evidenciam a religiosidade cristã da cidade, simbolizada pela igreja de São Benedito, construída pelos escravos.

 

Exploramos a cidade universitária do Coxipó da Ponte, um marco do desenvolvimento social, econômico e tecnológico de Cuiabá e do Estado de Mato Grosso.

 

Hoje, Cuiabá conta com três universidades, sendo uma federal e duas particulares, onde funcionam cursos considerados nobres, como Direito, Engenharia Civil e Medicina.

 

É também uma cidade estudantil e cultural, com teatros, cinemas, museus e espaços destinados a apresentações de grupos folclóricos e estudantis de várias expressões.

 

Modernidade e tradição convivem lado a lado: vemos lindos condomínios de casas vistosas e exuberantes.

 

E, ao mesmo tempo, uma vida noturna agitada, repletas de atrações musicais.

 

Considerada por muitos como a capital do agronegócio, Cuiabá alavanca o desenvolvimento econômico do Estado.

 

Durante o passeio chamou-me a atenção o fato de que todos os logradouros públicos têm nomes.

 

Alguns homenageiam personalidades históricas reconhecidas, enquanto outros recordam pessoas menos conhecidas.

 

Entretanto, nem todos os homenageados parecem merecer tal honraria, e muitos grandes nomes da nossa história permanecem esquecidos.

 

Terminei o passeio na hora do almoço, com um pouco de tristeza por essa contestação.

 

Professores pioneiros de Cuiabá, e alguns pais verdadeiros educadores, sequer foram lembrados para dar nome a um bebedouro público.

 

Educadores natos, eles são exemplos que deveriam inspirar as novas gerações.

 

O historiador Estevão de Mendonça, cuiabano, cunhou uma frase imortal: “Quem morre em Cuiabá, morre duas vezes. Uma da morte morrida. Outra da morte do esquecimento. ”

 

Abram os olhos, cuiabanos!

 

Gabriel Novis Neves

09-01-2025




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.