terça-feira, 11 de julho de 2023

ARQUITETURA


Inaugurei parte do novo hospital do meu plano de saúde, onde mensalmente há dois anos sou tratado com imunoinfusões.


Desta vez as imunoglobulinas humanas vieram da Coréia do Sul; antes foram adquiridas na Índia e China.


A entrada ao local do tratamento é diferente, os espaços para consulta prévia com o médico, dos técnicos de enfermagem e o sanitário fica na ampla sala, sendo este de uso exclusivo dos pacientes e acompanhantes.


Necessitando desse tratamento temos crianças, adultos, idosos.


Mesmo nos pacientes não alérgicos a droga, o gotejamento na veia é lento e geralmente eu deixo o local após cinco horas da minha chegada.


Comentei com uma técnica de enfermagem que agora, sim, elas estavam bem alojadas e para minha surpresa ela me disse que aquele local era provisório.


Nosso setor de atendimento está sendo reformado e isso vai durar pelo menos seis meses, pelas informações do novo arquiteto.


Esse hospital foi inaugurado há cinco meses e já está em reforma!


Será que não houve planejamento arquitetônico ou é a nossa mania de reformar tudo que recebemos dos nossos antecessores?


O pior é que essa extravagância custa dinheiro que sai do bolso de quem paga o plano de saúde.


Isso que é jogar dinheiro no esgoto.


Como é um hábito frequente neste país, quando a sua maior prioridade é a saúde para todos.


A saúde custa dinheiro e sem dinheiro é impossível termos uma saúde de qualidade.


Tenho experiência daquilo que escrevo pelos dois mandatos que exerci de Secretário Estadual de Saúde em períodos diferentes.


Pela implantação de duas faculdades de medicina com hospitais universitários, uma federal e outra privada.


Fui o segundo sócio acionário da Clínica Femina, hospital privado.


Trabalhei na antiga Santa Casa da Misericórdia, hoje Hospital Regional de Cuiabá e Maternidade de Cuiabá, hoje Hospital Geral Universitário da UNIC.


Diretor Geral de um hospital estadual.


Em todos esses lugares com as avaliações favoráveis, os orçamentos sempre foram deficitários!


Que mal à saúde de qualidade faz aos nossos dirigentes?


Não há mistérios, temos que investir em projetos que melhorem a qualidade de vida da nossa gente, sendo a saúde o principal com saneamento básico.


Gabriel Novis Neves

04-07-2023




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