quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Natal das crianças


Fui a um Natal de crianças e durante o meu tempo de permanência na festa fiquei observando a alegria dos pequenos.
Um pirulito embrulhado com papel transparente foi o sucesso da noite.
Transformaram-no em carrinhos, enquanto envelopados, desfilando pelo chão do salão, demonstrando uma felicidade transmitida pelos seus brilhantes olhinhos.
Os presentes caríssimos e sofisticados em caixas volumosas, mais para agradar aos seus pais, não lhes interessavam.
As idades desses pequerruchos variavam de um a quatro anos de idade. Dançavam, um tentando imitar o outro, numa demonstração de alegria sem fim, pouco importando a presença de adultos.
Muitos não sabiam ainda se comunicar com a fala, mas se entendiam perfeitamente por mímica, sem o mínimo de inibição.
Deitavam e rolavam pelo chão do salão sorrindo e falando e, em nenhum momento presenciei tédio ou cansaço. 
Briga ou discussão entre eles, nem pensar. Os mais novinhos atentos para aprender as brincadeiras.
Como são felizes as crianças inocentes! Para elas tudo se resume a diversão e lazer, onde as barreiras sociais não existem.
Fazem o que lhes dão satisfação.
Tão diferente dos adultos que, na sua imensa maioria, mesmo em festa natalina, não deixaram de utilizar o seu celular para enviar mensagens.
Teclaram a noite toda! Tão distantes das brincadeiras não programadas e ensaiadas das crianças que acabaram de se conhecer.
Como era bom ser criança, em que os valores do consumismo ainda não tinham nos contaminado!
O adulto incorpora valores materiais, achando ser este o caminho da felicidade. Quando percebem o erro, o tempo já passou e só resta o sofrimento.
Alguns suportáveis, outros necessários a ajuda médica especializada.
“Nunca ninguém conseguirá ir ao fundo de um riso de uma criança”. Victor Hugo, escritor francês.

Gabriel Novis Neves
28-12-2015

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