segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Irã sem sanções


País com excelente nível cultural, o Irã acaba de se livrar de quarenta anos de sanções econômicas por parte das grandes potências mundiais, acusado que estava de usar o urânio para fabricação de uma possível bomba atômica.
A repercussão desse acordo foi extremamente positiva, principalmente na sociedade civil iraniana que terá liberdade total na sua capacidade de ir e vir, ainda que os contratos entre Irã e EUA, historicamente, recebam desconfianças mútuas.
O Irã, o quarto maior produtor de petróleo do mundo e o segundo na produção de gás natural, anda com a sua indústria petrolífera combalida, não só em função da queda mundial do preço do petróleo, mas, principalmente, em função das restrições pesadas em sua economia. Levará certamente algum tempo para refazê-la.
O líder iraniano Komanei já havia se posicionado a favor de um acordo, cujo ponto básico seria a ausência de fabricação de material nuclear para fins bélicos.
As dezenove usinas que enriquecem o urânio serão reduzidas para treze, e sempre para uso não militar. Inspetores internacionais terão acesso a essas usinas sempre que assim o desejarem.
O acordo foi bem aceito pelas grandes potências mundiais, porém, rechaçado por Israel e por alguns representantes fortes do mundo árabe, como por exemplo, a Arábia Saudita.
Para nós aqui da terrinha, mais um competidor de peso para a nossa já tão combalida Petrobrás.
A luta entre persas e árabes é histórica e fundamentada, essencialmente, em questões religiosas, além das econômicas.
Os países do Golfo Pérsico, de maioria sunita, não veem com bons olhos o Irã xiita, se bem que atualmente apenas 10 a 15% de sua população pertençam a essa etnia.
É bom registrar que esse acordo entre Irã e EUA ainda precisa de dois terços de aprovação por parte do Congresso Americano, de maioria republicana, contrária ao democrata do presidente Obama.
Isso significa que, se o próximo presidente eleito for republicano, o acordo será vetado.
Tudo isso só mostra as fragilidades dos rumos mundiais diante de tantos fatores contraditórios.
De qualquer forma, os iranianos, principalmente os jovens, festejam nas ruas a liberação positiva de toda uma economia atravancada por tantas sanções e por longos anos.

Gabriel Novis Neves
22-07-2015

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