segunda-feira, 17 de agosto de 2015

CRISES


As crises têm a função pedagógica de ensinar, até mesmo para os governantes turrões, daqueles que não dão o braço a torcer, ainda que diante de erros gritantes.
Vejamos o caso do número de ministérios existentes em nosso país, absurdo para os maiores estadistas das grandes potências mundiais.
Dos inúteis trinta e nove em atividade, criados para garantir uma pseudoforte base de sustentação no Congresso Nacional a um governo eleito democrática e livremente pelo povo, já se admite uma redução deles, numa homenagem à racionalidade administrativa.
Foi preciso que houvesse uma crise econômica devastadora para que o poder estabelecido se conscientizasse do tamanho do desperdício.
É um sinal do nível das nossas dificuldades econômicas e políticas.
Evidentemente que diante do enorme rombo nas contas públicas, não será, esse tardio corte, que resolverá o problema.
O importante é o gesto de humildade do governo ao reconhecer o erro absurdo que foi mantido por vaidade política por tantos anos.
Entretanto, dependendo das pastas a serem extintas, tudo não passará de mais um grande blefe.
A questão agora não é a de privilegiar siglas partidárias, e sim, recuperar o país.
Além dos trinta e nove ministérios, na sua maioria dispensáveis, temos quase quarenta mil cargos comissionados, preenchidos sem concurso e por critérios nada profissionais.
Geralmente são cabos eleitorais e apadrinhados dos mandantes de plantão.
Esses cortes anunciados sinalizam para a seriedade do até então desmoralizado ajuste fiscal.
Alguma coisa tem de ser feita para melhorar a nossa economia.
A redução de ministérios e cargos comissionados dá um crédito de confiança à Presidente da República.
Vejamos se há vontade política para executar essa medida moralizadora que irá ajudar a exorcizar crises.

Gabriel Novis Neves
05-08-2013

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.