As
crises têm a função pedagógica de ensinar, até mesmo para os governantes
turrões, daqueles que não dão o braço a torcer, ainda que diante de erros
gritantes.
Vejamos
o caso do número de ministérios existentes em nosso país, absurdo para os
maiores estadistas das grandes potências mundiais.
Dos
inúteis trinta e nove em atividade, criados para garantir uma pseudoforte base
de sustentação no Congresso Nacional a um governo eleito democrática e
livremente pelo povo, já se admite uma redução deles, numa homenagem à
racionalidade administrativa.
Foi
preciso que houvesse uma crise econômica devastadora para que o poder
estabelecido se conscientizasse do tamanho do desperdício.
É
um sinal do nível das nossas dificuldades econômicas e políticas.
Evidentemente
que diante do enorme rombo nas contas públicas, não será, esse tardio corte,
que resolverá o problema.
O
importante é o gesto de humildade do governo ao reconhecer o erro absurdo que
foi mantido por vaidade política por tantos anos.
Entretanto,
dependendo das pastas a serem extintas, tudo não passará de mais um grande
blefe.
A
questão agora não é a de privilegiar siglas partidárias, e sim, recuperar o
país.
Além
dos trinta e nove ministérios, na sua maioria dispensáveis, temos quase
quarenta mil cargos comissionados, preenchidos sem concurso e por critérios
nada profissionais.
Geralmente
são cabos eleitorais e apadrinhados dos mandantes de plantão.
Esses
cortes anunciados sinalizam para a seriedade do até então desmoralizado ajuste
fiscal.
Alguma
coisa tem de ser feita para melhorar a nossa economia.
A
redução de ministérios e cargos comissionados dá um crédito de confiança à
Presidente da República.
Vejamos
se há vontade política para executar essa medida moralizadora que irá ajudar a
exorcizar crises.
Gabriel
Novis Neves
05-08-2013
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