segunda-feira, 2 de setembro de 2024

QUE CALOR!


Antes das nove horas da manhã, o calor já está insuportável no vigésimo andar do edifício onde moro, no quarto dos fundos que só pega o sol à tarde.


O serviço de meteorologia já havia nos informado da onda de calor de 40º que ficaria por aqui por dez dias.


Não sei como o cuiabano suporta essas temperaturas tão elevadas!


Ainda não liguei o condicionador de ar, por que estou saindo de casa.


Imagino como estará a temperatura na rua.


E o cuiabano alegre nem bola dá ao calorão.


Nasci aqui, mas não acostumei com o clima da minha cidade.


Gostaria de morar em uma cidade serrana ou sulista, mas os meus amores estão aqui, e a idade me impede de ficar distante da minha cidade onde tenho tudo que preciso.


Reclamo por que o calorão está demais e os mais prejudicados são as criancinhas e adultos.


Parece que quando mais jovem, possuímos um ‘hormônio’ que nos protege do calorão desta cidade querida.


Observando fotografias antigas, verificamos que os homens usavam terno, mesmo em atividades bem simples como de carroceiros.


Meu pai sempre usava terno de tropical inglês, com camisa de manga comprida e gravata para trabalhar no bar.


Lembro que seus clientes faziam uso do terno.


Os funcionários públicos sempre usavam terno, e nesses locais não existia nem um ventiladorzinho.


Fui ao batizado da minha bisneta Maria Valentina na Igreja climatizada, de calça comprida e camisa de mangas curtas.


Durante a cerimônia religiosa tomei uma garrafinha de água mineral e na saída da Igreja água de coco, tudo bem gelado.


Fui ao almoço de confraternização, comi alguns camarões com catupiry e pouco arroz, com sorvete de limão de sobremesa.


Retornei para casa com a temperatura de 39ª graus e sensação térmica de muito mais.


Preparei meu dormitório com temperatura de 18º graus, tomei um banho frio e ‘tentei descansar’.


Não consegui e só fui melhorar assistindo pela televisão, as vitórias do Cuiabá e Botafogo.


Dormi bem até as oito da manhã.


Tomei o café e vim para o escritório terminar esta crônica.


Que calor!


Gabriel Novis Neves

01-09-2024




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