Mais um provérbio que serviu de exemplo para mim na tarde de hoje: atirei no que vi e acertei no que não vi!
Fui encaminhado a um dermatologista oncológico.
Há anos carrego uma mancha escura no couro cabeludo.
Nunca dei bola para essa lesão, que sabia ser senil e sem sinais de malignidade.
Acontece que, ao examinar toda a região com aparelhos modernos, foi detectada pequena pinta preta — essa sim, um tumor maligno, necessitando de quimioterapia injetável no local.
A lesão que me levou ao médico é benigna e continuará comigo, me enfeitando.
Se não fosse por ela, eu não teria descoberto a pintinha maligna, até então ignorada.
Na vida também é assim: valorizamos muitas coisas sem importância e deixamos de lado aquilo que realmente importa.
As aparências enganam — e é preciso estar atento a isso.
Em casa, meus pais sempre nos alertaram quanto às aparências, que muitas vezes escondem os verdadeiros valores humanos.
Quando algum dos seus nove filhos começavam a namorar, primeira pergunta era: ‘Filho de quem é? E faz o quê?
Cuiabá ficou conhecida como a cidade do ‘filho de quem?’
Os antigos gostavam da cidade isolada dos grandes centros, sem acesso por rodovias ou estada de ferro. Os migrantes chegavam pelo rio Cuiabá, o grande filtro de entrada.
Ainda assim, a cidade atraiu italianos, franceses, portugueses, libaneses, armênios do Velho Continente, além de forte migração nordestina.
Todos contribuíram para o desenvolvimento do nosso Estado, especialmente nas regiões garimpeiras.
Num segundo momento, com a abertura das rodovias e do transporte aéreo, o norte do Estado foi ocupado principalmente por habitantes das regiões Sul e Centro Sul do Brasil.
Hoje Cuiabá é uma cidade cosmopolita, com gente de todo o Brasil e inúmeros estrangeiros, atraídos pelas oportunidades que a capital oferece.
Deixou se ser a cidade isolada dos funcionários públicos e dos ‘filhos de quem’.
É uma cidade universitária, de serviços e capital do agronegócio.
Gabriel Novis Neves
19-06-2025
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