Meu irmão caçula, quinze anos mais novo que eu, é supercuidadoso quando o assunto é a sua saúde.
Frequenta consultórios dos melhores especialistas da cidade, e segue à risca o que lhe é recomendado.
É o que chamamos de ‘rato de consultórios e laboratórios’.
Não fuma, raras vezes bebe uma cervejinha, aposentado por tempo de serviço, faz serviços domésticos e curte a sua casa em condomínio na Chapada do Guimarães.
Hoje me telefonou cedo dizendo que tinha dado ‘zebra’ no seu último exame de sangue, de tão sofisticado, foi realizado fora da cidade, que é possuidora de três escolas de medicina.
Disse que não sairá de casa dia de chuva, pois ‘se cair um raio acertará a sua cabeça’.
É o velho ditado popular: ‘quem procura acha’!
Há alguns anos eu era vítima de infecção pulmonar de repetição. Internei-me em hospital qualificado e fui submetido a uma bateria de exames de sangue.
A infectologista que cuidou de mim descobriu que o meu organismo fabricava ‘imunoglobulinas e subclasses’ em doses insuficientes para as defesas do meu organismo.
Há três anos passei a fazer todos os meses ‘infusões de imunoglobulinas’.
Nunca pedi esse exame a nenhum cliente, e no meu período de exercício profissional desconhecia esse exame.
Minha mulher saiu da academia de ginástica e foi ao laboratório de ultrassom.
Sem sintomas ou pedidos médicos pediu ao meu filho, que é especialista em imagens, que ‘olhasse’ seu abdome, especialmente os rins.
Ele ‘achou’ um pequeno tumor sólido no polo inferior do rim esquerdo de 7 milímetros.
No linguajar médico isso é chamado de ‘achaloma’.
Sou a favor da medicina preventiva que salva muitas vidas, onde ‘prevenir’ é melhor que ‘remediar’.
O que me entristece é que poucos têm acesso às novas tecnologias da medicina moderna e morrem de causa desconhecida, sempre de ‘parada cardíaca’.
Gabriel Novis Neves
15-10-2024