segunda-feira, 6 de julho de 2015

SUPER-HERÓIS


O grande teatrólogo inglês Brecht já dizia: "Infeliz da sociedade que precisa de heróis".
A partir de 1930, com a grande depressão mundial, começaram a aparecer nas mídias os super-heróis.
Durante a Segunda Guerra Mundial a humanidade precisava de figuras heroicas que, inclusive, combatessem o nazismo que ameaçava se espalhar pelo mundo.
Ficaram famosos naquela época o Superman, a Mulher Maravilha, o Capitão Marvel, o Capitão América, o Tocha Humana e muitos outros.
Parece mesmo que os homens não conseguem se motivar sem os seus heróis.
Nos dias atuais, com o abuso de exposição  fornecida pela Internet, surgiram as supercelebridades.
Ainda que meteóricas, são veneradas e seguidas por milhões de pessoas cuja pobreza de vida emocional faz com que elas precisem de um modelo externo para se espelhar.
É o mundo da mentira, da futilidade e da anulação da razão.
Os milhões de amigos conseguidos são apenas virtuais e, quando muito, torna mais evidente o tamanho da dimensão da solidão de cada um.
Rostos postados nas redes sociais são sempre alegres, felizes, poderosos, bem diferentes dos que enfrentamos na vida real.
Tal como no Poema em Linha Reta, de Fernando Pessoa, vivemos nos questionando se apenas nós somos vis e inseguros, enquanto que à nossa volta só existem reis, rainhas e princesas incapazes de uma só vilania?
Enfim, em dias duros e sombrios nos quais estamos vivendo, haja fantasia para abrilhantar, pelo menos, alguns momentos do dia.

Gabriel Novis Neves
01-07-2015

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